29 de dez. de 2003
Se a vida fosse um filme ela seria... #9
Parentes de sangue.
Se não me engano é inglês. Acho impressionante a capacidade dos europeus de dramatizar as coisas,
de como eles conseguem fazer com que tudo se relacione; pessoas, situações... tudo se relaciona e
sempre demonstram que nada é por um acaso.
Esse filme me deu uma porrada na cara. Ele trata de um assunto que sempre é pauta nas minhas rodas
de amigos: pais que incoscientemente abandonam os filhos atrás de seus próprios interesses.
Denso e realista, na hora que eu estava assistindo pensei que todos os pais tinham que assistir aquele filme
antes de se preocupar em trabalhar demais para dar "carinho material" para seus filhos e parceiros, mas aí
me deu um estalo... opa!!! mas o que eu estou falando? hoje tenho que pensar no meu lado como pai em
não deixar minha filha de lado e tentar suprir essa distância com presentes e "tudo que ela quer". Como
um pai pode saber o que um filho quer se ele não convive com o mesmo? Uma coisa é unânime, todos
querem carinho e atenção.
O filme é triste, apaixonante, irritante e principalmente muito educativo; serve realmente de alerta para
pais menos atentos aos costumes de seus filhos e principalmente aqueles que acham que o filho sempre
terá 5 anos e será um eterno anjinho.
Mostra também um pouco do racismo inglês perante orientais (como eles chamam os paquistaneses) onde
é apresentada a ignorância daqueles cegos que não querem enxergar a realidade e procuram alguém em
quem jogar a culpa e não admitindo o próprio erro.
Outro ponto bem interessante abordado é o de um policial de apoio à família que tem uma esposa que é
enfermeira; ou seja, ambos se dedicam a cuidar de outras pessoas e isso acaba fazendo com que não
se dediquem nem um ao outro, e nem à sua filha.
Intrigante no mínimo.
Vento
Leve-me onde for
Leve-me a qualquer lugar
Mesmo que não haja paisagens
Mesmo que não haja luar
Gosto de sua companhia
Gosto de te sentir passar
Às vezes vou contra você
E logo, por ti volto a me guiar.
Quando minhas asas se cansam
Quando não quero me esforçar
Deixo o tempo correr
Deixo você me levar
Sigo o seu caminho
Não sei onde vamos chegar
Carrego comigo o que importa
O que passou deixo para trás
Sigo adiante contigo
Vamos em frente sem descansar
Olhe as planícies no horizonte
O verde da grama, um infinito a desvendar...
Apaixone-me por ti
Para meus amores carregar
Faço o que me pedir
O que me importa é poder te sentir.
Cristiano Rolemberg Carozzi Aguiar
14/12/2003
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