10 de jun. de 2005

Dia dos Namorados Imaginário Ele era só um amigo imaginário, mas de tanto conviver com pessoas de verdade acabou se encantando pelos sentimentos delas. Como era imaginário, todo ano imaginava-se namorando no dia dos namorados. Após dez anos nessa situação via-se sem imaginação para este ano imaginar-se com alguém. E na verdade apareceu alguém real, mas era tão bom que parecia irreal. Ele caminhava feliz com uma música feliz em sua cabeça e com borboletas no estômago. Todo o dia chegava em casa e ficava ansioso por falar com aquela que despertara finalmente um sentimento real, que o fazia sentir-se bem de verdade. Tudo que ele queria era estar com ela, mas como imaginou... ... Era imaginário. Eles se encontraram, comeram, beberam e se divertiram; conversaram e mais uma vez sua imaginação pregara-lhe uma peça. Era muito bom para ser verdade. Pelo menos naquele momento aquilo não poderia acontecer; poderia se fosse antes, ou quem sabe depois. Era tudo muito vago para ser real. As únicas coisas que pareciam realmente reais eram realmente aqueles momentos que estiveram juntos, nem que fosse imaginação, mas as sensações eram reais demais para ser só imaginação. Mas por mais que fosse real se tornou imaginação, ele finalmente passaria seu dia dos namorados real, mais imaginário do que nunca. E ele gostou da idéia, afinal se não fosse para ter sensações reais, seria melhor imaginar-se comemorando este dia só do que acompanhado de mais imaginação.Mas ele ainda quer que essa pessoa que parece ser tão real, deixe de ser só imaginação para que possa viver a realidade com ela. Sem poema desta vez.