18 de dez. de 2003

Se a vida fosse um filme ela seria... #4 The Million Dollar Hotel!!! Já falei dele aqui no blog, mas foi um breve comentário, vamos dichavá-lo agora. Se você parar para viajar logo no início, você pode se deparar com uma dúvida a lá Matrix, do tipo... será que é real ou é sonho? Um hotel decadente que abriga moradores que não são mais amparados pelo serviço social, cada um com uma loucura diferente, cada um vivendo de passado e ilusões criadas em suas cabeças. Isso não te lembra você mesmo? Você pode ver o filme de duas formas diferentes, a primeira delas é num modo mais amplo onde você chega na velha máxima de que cada um tem sua loucura; a segunda é um pouco mais complexa, você pode encarar cada personagem como uma fase de sua vida. Tem a inocência da infância, o amor platônico, a troca de personalidade com seu ídolo, a bebedeira, a loucura, o oprtunismo, a ganância, a ignorância, a vaidade, o desleixo, o abandono, a curiosidade... Milhares de fases que passamos as vezes até sem perceber, mas tenho certeza que você se identificará com cada personagem em pelo menos alguma coisa que você já tenho feito no decorrer de sua vida. Assista atentamente, não deixe passar nenhum detalhe em branco, afinal a vida é assim, um detalhe passado sem perceber pode lhe custar mais do que você imagina. A conversa entre os dois personagens Eloise e Tom Tom num quarto é maravilhosa, insana, mas gostosa de ser vista; a forma como o detetive Skiner trata Tom Tom para chegar ao culpado do crime em questão é quase paternal e faz com que Tom Tom sinta-se importante, mudando até as suas atitudes; isso mostra o como é bom ter alguém em quem confiar e como disse Renato Russo em uma de suas letras, ter alguém com quem conversar que não use o que você disse contra você. Inúmeras mensagens subliminares, se for assistir apenas para se divertir esqueça-o na prateleira de sua locadora; tem que assistir analisando cada minuto da película, cada atitude e fala dos personagens. Para finalizar, preste atenção no final do filme no personagem Walrus cantando uma versão acústica maravilhosa de I´m the walrus - The Beatles. Carinho Dolorida é a dor da partida O sentimento do adeus O olhar de despedida A viagem de volta Angústia de relembrar sem ter Ficar agoniado esperando uma nova chance O sacrifício do tempo distante Olhar a lua e nada mais adiante Não deixe meu carinho te afastar de mim Ele é puro, é sincero... Pode parecer exagerado Mas é na medida que gosto de ti O medo não nos ajudará Pelo contrário, aumentará... Aumentará a distância que nos separa A distância que impede nossa convivência Noite e dia, branco e preto... Separados para brilharem juntos Cada qual em seu momento Não se encontram, mas se conhecem? Não poderão se encontrar jamais Se encontrando acabam com a magia Destroem o romantismo... Terminam por se distanciar. Cristiano Rolemberg Carozzi Aguiar 04/12/2003

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