26 de jan. de 2005
Eu mesmo matei!
Aqui mato meu sentimentalismo!
Que venha a era da razão, afinal tudo é muito lógico e prático.
Se esforce e conseguirá alcançar, tudo é teoria a ser colocada
em prática; e romances são para serem lidos e não vividos.
"Não há mais lugar pra quem quer viver um grande amor
Ninguém quer saber de parar pra pensar um pouco mais com
o coração" (ZERO)
Escutei, cantei e escrevi isso por quase vinte anos, só esqueci
de me ligar que essa é a realidade.
Tô exausto, exausto de tentar fazer minhas próprias regras,
exausto de viver um "Sonho Lúcido" (Vanilla Sky), assim como
no filme onde há uma Juliana e uma Sofia eu queria poder
gritar "Suporte técnico, suporte técnico..." e aparecer alguém
para me dar a opção de continuar meu sonho ou acordar para
a realidade.
Na verdade eu sou meu suporte técnico e escolhi a realidade,
não quero mais fantasiar romances, idealizar pessoas,
atravessar armaduras; agora eu vestirei a minha para que
ninguém a penetre.
No máximo continuarei a escrever, as pessoas gostam de ler
sobre os sentimentos, não sei bem o porque já que não gostam
de vivê-los.
"Tenho medo de altura, não pela altura, mas pelo impacto"
(Vanilla Sky). Minhas últimas quedas me fizeram em pedaços,
agora não quero nem mais chegar ao topo para não me sentir
tentado a pular. Como isso?
Não pegarei mais o elevador.
Li num post antiogo de um flog que:
"Essa é para sempre. Infelizmente nem tudo na vida é assim"
Era a respeito de uma linda tatuagem em uma linda pessoa.
Já que realmente nem tudo é para sempre e até as tatuagens
hoje podem ser apagadas; declaro aqui a morte do meu
exagerado sentimentalismo.
Uma amiga minha me disse para escolher a estrada do meio.
Concordo que esse seja o caminho, mas para isso preciso
primeiro conhecer a razão; o coração eu já conheço. Depois
vou pela estrada do meio ou não.
Acabou, esquece!
Isso me marcou bastante, acho que essa frase foi a gota d´água
para mim, desde que escutei-a em novembro tudo mudou.
Voltei a ver que somos descartáveis como tudo em nossa vida.
"Ficam os beijos, fica a memória" (Capital Inicial)
Ainda li isso, só que continuei cantando e doeu...
"eu nem me lembro mais"
Doeu porque me lembro.
Chega de procurar uma linda história de amor nesse mundo onde,
o que cada um quer é se proteger para não saqir machucado. Não
espero que me dêem as boas vindas, e nem vou esperar ser
convidado
"Mein Hertz Brennt" (Rammstein)
Acabou, não queima mais, apaguei o fogo porque a última que o
incendiou me ensinou que viver é preciso, amar não!
Quando resolvi não mais machucar ninguém, eu mesmo me
machuquei.
Da última vez não saí machucado, saí insatisfeito porque queria mais.
E ela?
Não sei, mas pelo que me parece está bem em relação ao que tivemos,
ela sabe até onde ir. Eu preciso aprender.
E dessa vez parece que aprendi sem bater a cabeça.
Quem lê esse singelo blog sabe que até aqui sempre escrevi o que
sinto das fantasias que vivi; daqui para frente vou escrever fantasias,
ficção e coisas que não sinto mais.
Sonhar com um beijo que demora para acontecer enquanto os rostos
se tocam a meia luz, ou aquele beijo debaixo de chuva, um sorriso de
gratidão, um carinho, um cuidado... Não, já tive tudo isso graças a uma
pessoa.
Fui feliz enquanto estava com ela.
Agora serei feliz lutando pelos meus sonhos capitalista, casa, carro e
uma boa vida para a minha filha.
Que eu envelheça só mas terei a certeza que tive tudo que sonhei.
Carinho?
Tenho minha família, filha e amigos.
Prazer?
Basta escolher, basta pagar...
Compania?
Livros, música, um copo de qualquer coisa e um cigarro.
Felicidade?
Alcançar tudo o que sonhei.
As mulheres que tive?
Cada uma ficou com um pedaço vital meu.
Ju?
Quero mais, sempre vou querer. Foi pouco.
Envolvimento?
Distância, só comigo agora.
Aqui mato meu sentimentalismo!
Até quando isso durará?
Até o dia que "alguém" quiser ter um amor, um romance.
E não só ler.
ABRE LOS OJOS
Open your eyes
O mundo é escuro para quem tapa os olhos
É escuro porque elas o querem assim
O medo as faz cegas por opção
O medo não as deixa se mostrar aos outros
Máscaras, armaduras, óculos escuros, peneiras...
De nada adianta esconder-se, tudo é superficial
Não há sentido em fugir do mundo, criar um seu...
A fantasia pode nos ajudar a viver, mas nos esconde!
Como contemplar o belo sem ver o feio antes?
O que seria do doce sem o amargo?
O que seria do amor sem ter antes sentido dor?
O que será do mundo se você não olhá-lo?
Felicidade... ah, a tal felicidade...
Ela está em qualquer lugar onde queiramos
Só que não a temos porque achamos que é difícil ser feliz
Estamos habituados a sofrer para sermos felizes
A felicidade pode estar num telefonema
Numa paisagem, numa visita inesperada, numa viagem...
Depende de onde você a procura
A felicidade começa em seu espelho
Encare-se uma vez!
Olhe-se de frente e veja se você é quem você quer
Ou se você é o que os outros esperam
Você já se viu?
Nunca te vi, sempre te amei
Essa é a sensação quando você é o que você quer
Não nos acostumamos a sermos o que nós queremos
Você já se viu?
Cristiano Rolemberg Carozzi Aguiar
26/01/2005
20 de jan. de 2005
Suplico uma amnésia!
E assim vou atravessando os dias.
Tentando em vão distrair a mente e o coração.
Desperdiçando horas tentando me convencer que acabou, fazer de
conta que não aconteceu, me condicionar a minha nova realidade
de querer estar e ser só.
Sempre fui assim... sozinho eu vivi e tentei viver com outras pessoas.
Mas não! Eu sou e quero ser só!
Não quero mais ter ninguém, não quero mais ter saudade; já me
basta o que restou de tudo e de todos, não quero mais recordações
para chorar.
Rostos, gestos, gostos, cheiros, corpos, vozes, olhares, beijos...
Maldita memória que me castiga a todo momento trazendo tudo a
tona , espancando meu coração e inundando minha face.
Até procuro me distrair em outros beijos, sentir novos cheiros, me
envolver com outros olhares... mas minha mente insiste em me
castigar.
Por que ela não sai daqui? Por que? Por que? Por que?
Vai embora AGORA!!!! POR FAVOR me deixe em paaaaz...
SUMA da minha menteee...
NÃÃÃÃÃÃO!!! Isso não aconteceu... foi tudo uma mentira que eu
criei porque me senti bem.
Nada que é tão bom deve durar TÃO POUCO!
POR FAVOR DEUS!!! POR FAVOR, ME AJude a esquecê-la, tire-a
da minha mente já que não posso tê-la!!!
Escute o suplício desse coração que insiste em arder por ela
incessante.
Será que não sou eu que não quero esquecê-la?
Pode ser... mas só quero me sentir feliz mais uma vez.
Na minha mente
E ela ainda está lá...
Bem como a vi da última vez
Com seu sorriso lindo e seus olhos tristes
Assim é ela...
E ela ainda está lá...
Como na última vez que nos falamos
Com seu jeito ansioso de falar gesticulando
Escondendo o que realmente sente
E ela ainda está lá...
Não sei bem fazendo o que
Ela sempre guardou sua privacidade
Nunca deixou-me atravessar essa barreira
E ela ainda está lá...
Relembrando o seu passado
Na dúvida se o quer no presente
Confusa entre seu coração e sua mente
Queria eu ainda estar lá
Não sei se queria ter voltado
A saudade me traz essa questão
Mas preciso aquietar meu coração
E ela ainda está lá...
E eu aqui pensando que outro alguém me faria esquecê-la
Mas não foi assim
Só aumentou a vontade de vê-la
Porque com ela era sincero
Porque com ela havia troca
Porque com ela eu queria estar
Assim é ela...
Cristiano Rolemberg Carozzi Aguiar
20/01/2005
12 de jan. de 2005
E ela me ensinou...
Quem nunca abriu a geladeira ou o armário da cozinha e viu algo
que o deixou com água na boca, só que na hora em que você ia
matar a sua vontade percebe que o prazo de validade venceu?
Será que só acontece comigo?
Não, não me apaixonei e nem estou "amando" mais uma vez!
Mas sim, mil vezes sim! Eu me envolvi novamente e dessa vez
eu não tenho como levar adiante porque a distância não permite.
Sei que já larguei tudo uma vez e para largar a segunda eu não
exitaria. Só que desta vez vai ser diferente, não que não valha a
pena; porque vale muito mais a pena do que da primeira vez.
Só que tenho minhas responsabilidades para honrar.
Até eu estranho de me ouvir falando isso.
Que mania besta que eu tenho de querer furar as armaduras
e mostrar para aqueles que as usam, que eles também podem
amar.
Eu jamais me cansaria se tivese que tentar mais e mais vezes
chegar ao coração dela, ,as precisei voltar para casa.
Não, eu não a abandonei em momento algum, e dessa vez
também não me abandonei. Quero estar com ela porque era
eu mesmo e não um personagem que eu criei, sai do mundo
que criei para mim, abandonei minhas fantasias e finalmente
vivi uma realidade que eu não criei; aconteceu.
E ela me dizia: "Cris, vamos curtir e não nos preocupar se
amanhã nos veremos; a gente sabe que um dia vai acabar."
E ela estava certa.
Poema repetido, mas tem a ver com ela
Eloise
Agora dormirei com minhas lágrimas
Imaginando onde você está
Com minha loucura
Em por ti me importar
Para muitos parece irreal
Se importar com alguém, com uma imagem?
Mas enxergo além
Atravesso a sua armadura
Sua fragilidade me sensibiliza
Sua carapaça enfeitiça os insensíveis
Sinto-te através de seus olhos
Tire sua máscara para melhor te ver
Apesar de tantos disfarces
Enxergo seu coração
Amargurado, machucado...
Sensível à insensibilidade de falsas promessas
É bom te abraçar, senti-la perto!
Sentir que posso protege-la
Mas não é isso que queres
Queres mostrar que sua armadura a protege
Deixe-me chegar onde nunca ninguém esteve
Deixe-me mostrar como é forte a sua sensibilidade
Deixe-me encontrar o que nunca ninguém procurou
Deixe-me alcançar seu coração.
Cristiano Rolemberg Carozzi Aguiar
03/11/2003
6 de jan. de 2005
Insonia
Tá difícil dormir hoje, parece que faltou algo hoje...
e faltou mesmo.Estou de volta a SP e estou feliz, mas
tem algo me incomodando demais.
Desci no Tietê, peguei o metrô até a Luz, fiz baldiação
e peguei o trem; tava com saudade do subúrbio, de
gente de tudo quanto é jeito, do concreto, das fábricas
abandonadas... de São Paulo.
Olhos paralizados no nada, perdidos em algo que
jamais decifraremos porque cada um perde seu olhar
por um motivo... o meu...
bem, o meu...
A menina que tudo tinha
Estou com sede, sede de água
Quando aqui cheguei senti a sede saciada
Barulho, gente, subúrbio... descobri o que me faltava
Com a chuva vi que não era água
Tentei falar com ela a tarde
Tente, tentei... e nada!
Enquanto isso a noite chegava
Devagar, sorrateira... e minha mente dela lembrava
Quero mais do que aquele gole d´água
Quero o tempo todo a enxurrada
Não saciou minha sede
Foram apenas gotas na boca ressecada
E ela que tinha tudo... tinha medo
Confusa com as lembranças e sentimentos... amargurada
Achei que aquele gole mataria minha sede
Mas vejo que só deixou minhas papilas aguçadas
É engraçada essa sede específica
Você experimenta um pouco de tudo
Bebe de tudo tentando saciá-la
Mas não adianta nada
Sede insaciada... vontade que não acaba
Foi só um gole d´água... nem quente nem gelada
Terei de contentar minha sede
A menina que tudo tinha ficou com minha água.
Cristiano Rolemberg Carozzi Aguiar Para Ju
06/01/2005
Não deixem de ler o post anterior e comentar também
1 de jan. de 2005
Escrito em 31/12/2004
Prazo de validade
Acordei hoje pensando que tudo tem prazo de validade; e 2004
vence hoje, amanhã ele já não tem mais utilidade.
Mais uma vez tivemos 365 dias para fazer o que deveríamos,
queríamos ou nos foi imposto a fazer.
Este ano fiz várias coisas que eu queria fazer, muitas delas nem
olhei se tinham prazo de validade. Meu prazo de validade aqui em
Florianópolis está vencendo, e na próxima semana estou de volta
a São Paulo.
Florianópolis não é a Ilha da Magia, é sim a Ilha da Fantasia. Para
quem consegue viver com pouco e só trabalhar no verão (formigas),
ou para quem já acumulou bastante e quer paz é perfeito. Agora se
você quiser mudar de vida pensando em ganhar dinheiro...
... fuja daqui.
Enriqueci muito aqui em Floripa, monetariamente não mas sim
emocionalmente e intelectualmente.
Fui acusado de voltar a ser adolescente, inconsequênte e displicente,
tenho que concordar. Tentei ter muito, tentei viver com pouco e tentei
mudar minha forma de agir e de pensar. Não deu certo, tenho mais a
ver com SP.
Me atrapalhei, me ajudei, me apaixonei e desapaixonei, aprendi e errei;
voltei a aprender e me apaixonar. Agora vou me ajudar novamente
voltando voltando para o meu lugar.
O mais difícil vai ser deixar uma pessoa que se envolveu nisso tudo sem
saber que o prazo de validade logo venceria, assim como eu também não
havia pensado que fosse durar tão pouco.
Essa era a última coisa que eu queria para fechar a minha estada em
Floripa. Machucar alguém que não tem culpa.
Mas o pior é que não machuquei só uma pessoa nessa história toda.
Perdi a confiança do meu pai, preocupei minha mãe, irmã e meus amigos
de verdade. Resumindo, perdi muito esse ano mas aprendi o suficiente
para dar a volta por cima já em 2005!
Sobre aquela pessoa especial que falei eu espero que nosso prazo
de validade não vença, e que apesar da distância e das diferenças nós
consigamos manter a vontade de estar juntos, o respeito, o carinho e a
confiança.
Quero agradecer muito aos amigos Najja, Betão, Boy, MD, Cacá, Logan,
Fortinho, Pizato, Patrick, Edmundo, Leco, Pablo, Karine, Lilian, Thais,
Eliane e principalmente a Ju. Além do pessoal do Ilheus, Mônica, Fred,
Heloísa e Soledad. Faltou o Vilmar, Sr.Sete, Isolete e o pessoal todo de
Forquilhinhas.
E claro... meus pais, irmãos e amigos de SP.
2004 venceu!
2005 só começou!
Atenção na validade das coisas e no valor de cada uma delas.
Dezembro
Hoje resolvi fugir de tudo
Abaixar a cabeça e assumir meu erro
Pesar minhas atitudes
E ver que mais uma vez errei
Fiz o que queria ter feito
Tentei enquanto pude
Não suporto mais essa situação
O pouco que ainda tinha acabei de perder
Ganhei muito também
Amigos, amores...
Só mais saudade para doer
Só mais amigos para lembrar
Volto por falta de opção
Não tenho mais o que fazer aqui
O que tenho não me asegura
Me amedronta pelas diferenças
Pela primeira vez me sinto inferior
Percebo que não cresci nada
Não aprendi com meus erros
Me enganei ao acreditar ter aprendido
Dói ter que voltar de cabeça baixa
Mas essa não é a maior dor
O que mais machuca é deixá-la
Tê-la envolvido nisso não foi certo
Por que fui deixar isso acontecer?
Sabia que acabaria logo
Não sabia ao certo o porquê
Mas não deveria ter acontecido
Agora choro em silêncio
Mais uma vez me machuco
Só que machucarei quem eu não queria
Sentirei falta de teu sorriso
Não era o que eu queria para nós
Tive de mudar meus planos
Queria ficar aqui contigo
Conquistar o que brincamos de planejar
Me desculpe, não queria te envolver nisso
Meu desejo foi mais forte que minha coerência
Deixei-me levar pela vontade
Não pensei nas consequências
Devia ter partido antes de conhecê-la
Não doeria tanto como agora
Não aceitarei te machucar
Por que fui deixar isso acontecer?
Você não tinha nada a ver com a história!
Por que fui envolvê-la nisso?
Eu não tinha o direito de te envolver
Eu não devia ter me envolvido
E agora Mr.Writer, o que faço com isso tudo?
Como esquecer o que de melhor me aconteceu?
Pra que me envolver se não posso ter?
Tentei ter mais do que eu podia
As vezes escolhemos errado na hora certa
Outras escolhemos certo na hora errada
Não haveria problema algum nisso
Não se eu não a houvesse envolvido
Por que com você?
Você que foi o melhor que me aconteceu
Não era essa a minha inteção
Me desculpe se te machucar
Eu gosto de verdade dela
Eu realmente quero ficar com ela
Mas tenho que voltar para casa
Me desculpe, não queria te machucar
Cristiano Rolemberg Carozzi Aguiar
26/12/2004
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