28 de out. de 2007

10 + 10 + 10 No ano em que completei 30 anos renasci em muitos sentidos. Analisando friamente as duas décadas anteriores, eu percebo que sempre levei uma vida vazia e sem muitos objetivos; um estilo de vida que não me transformou em alguém admirável, e nem mesmo em um homem bem sucedido e digno de exemplo a ser seguido. Me tornei mais um conselheiro por ter aprendido com meus erros, do que uma referência em atitudes a serem tomadas. Dos 20 aos 30 namorei seis anos, fiquei noivo duas vezes e deixei de ser filho para me tornar pai. Neste ano a Sofia completou 8 anos. Dos 28 aos 30 resolvi que teria que reaprender tudo, adotando uma postura até simplista demais quando resolvi abandonar todos os meus pré-conceitos, e abdicar de meus desejos. Mudei quando decidi que vim aqui para aprender, e não para ensinar como achava ser capaz de fazer até então. Além dos tropeços e trancos da vida, tive alguns professores que vale a pena citar. A Sofia me ensina cada dia mais que já não sou mais criança, e que as consequências de meus atos não têm mais tempo para serem solucionadas pelos outros, ou simplesmente esquecidas. A Juliana me ensinou que o amanhã não tem importância se nós esquecermos de viver o hoje. O Beto me mostrou que não precisamos de muito para viver, apenas nós e as necessidades básicas. A Simone me mostrou que podemos ser responsáveis sem sermos chatos.E assim podemos nos divertir sem abandonar as rnossas esponsabilidades. A Tatzi me ensinou e ensina, que podemos ser crianças mesmo sendo adultos, que muitas vezes procuramos e não encontramos as coisas pelo simples fato de sabermos o que procurávamos. Que caminhar na mesma direção e lado-a-lado é possível, mesmo quando estamos distantes. Em cada atitude minha e das pessoas que me cercam, eu aprendo um pouco mais. Está certo que ainda falta muito para eu me tornar o que pretendo me tornar. Mas aparentemente estou finalmente seguindo o caminho certo, dando um passo de cada vez e tentando a cada dia que passa me melhorar. Sei que só assim conseguirei melhorar o meu entorno, sendo uma pessoa melhor para mim e para os que me cercam. Com 30 anos tenho um pouco mais de experiência do que com 20, com certeza uma experiência bem diferente do que quando tinha 10; mas já não tenho mais tanto tempo.

24 de out. de 2007

10 + 10 + 10 Aí já fica mais fácil de lembrar... Em 1996 completaria 20 anos com muita diferença em relação aos primeiros 10 anos de vida. Neste ano já tinha algumas histórias para contar, clao que em muitas delas seria difícil ter orgulho, mas em momento algum me arrependeo de tê-las vivido. Dois anos antes eu realizei o sonho de tirar carta e ter em mão meu primeiro carro; já havia namorado a Cilene, a Inez , e atualmente namorava a Adriana. Analisando hoje as minhas atitudes eu vejo o quanto era imaturo. Sempre fui um cara de sorte e tive muitas oportunidades, e como diz meu pai, o importante é perceber os erros com tempo de não cometê-los novamente; isso é sinal de amadurecimento. Desperdicei muitas oportunidades, e aos 20 já havia sido até empresário ao lado de minha irmã e minha mãe que há 8 anos já não estava mais casada com meu pai. Era a época do Professor Moriartys, a casa noturna que meu pai se aventurou a abrir. Eu trabalhava na Hobby vídeo, estudava no Costa Braga de manhã e mesmo namorando saía quase todas as noite; inclusive com outras mulheres. Não falei que não poderia me orgulhar de muitas atitudes? Nesta época era frequentador assíduo do Madame Satã, que habitava o mesmo espaço físico só que com o nome de The-The; mas preferia ir ao Espaço Retrô, que levava o mesmo nome ainda, porém num espaço físico diferente. Era a época de sair com o Sérgio e a Fef´s, de calças jeans, calças pretas, calças verdes; com camisetas pretas e o bom e velho coturno herdado do Marcio punk, nosso amigo da rua da casa da praia. Coturno este que me acompanha até hoje, bem como as cores e o estilo de roupa. Era a época do topete estilo "Barrados no Baile", que me forçava a acordar 5min. antes do normal só para moldá-lo com secador e spray Karina. Definitivamente foi a época de minha vida em que tive maior convívio social. Também foi neste ano que a mãe de meu pai, a avó Mercedes, viria a falecer. Em 1996 foram escritos meus primeiros poemas, que eram rebuscados demais e foram responsáveis pelo início dessa prática que insisto em manter. Aliás uma das poucas que trago daquela época. Foi o ano do show do The Cure, que só fui assistir graças a Fef´s que me deu o ingresso, e foi comigo, masi o Evandro assistir. Nossa... Muita coisa aconteceu em 1996. É... Com 20 anos eu sabia muito pouco a mais, do que quando tinha 10 anos.

21 de out. de 2007

10 + 10 + 10 Não me lembro muito bem do meu aniversário de 10 anos, apesar de ter uma boa memória 1986 não está fresco nela. Lembro-me que andava de skate, adorava roupas camufladas, usava tenis Skin-Heads; e claronão podia esquecer disso, foi o ano em que pedi um disco importado do Sigue Sigue Sputnik de amigo secreto, mas no fim ganhei o "The head on the door" do The Cure. Minha amiga secreta era a Lizandra, uma garota que tinha a mesma idade que eu; era alta, esguia, bem branca, cabelos negros e com um sorriso meio tímido. Era descendente de espanhóis e usava óculos. Nesta época minha irmã era dark, e através dela escutei muitas das músicas que escuto até hoje; como "Crushed" do Cocteau Twins, "Just like honey" do Jesus and Mary Chain e "Inspiration" do Section 25. E como ela namorava o Marcelo que era punk, acabei por trazer outras bandas comigo até os dias atuais; como Dead Kennedys, Sex Pistols, Inocentes, Plebe Rude... Posso até estar enganado, mas acho que foi nesse mesmo ano que aconteceu um show um show de aniversário da rádio Jovem Pan, onde tocaram Capital Inicial e Legião Urbana no ginásio do Ibirapuera. Eu estava lá! A memória da gente é algo engraçado. Pôxa, há quanto tempo não lembrava da Lizandra e de tudo isso? Não, a Lizandra não foi uma de minhas paixões... Mas pensando friamente eu acho que o estereótipo das mulheres que eu gosto de iniciou com ela. Neste mesmo ano fiz muitas amizades inesquecíveis, e que nunca mais tive contato. Só para variar... Neste ano também fui ao centro de São Paulo pela primeira vez; meu pai, minha mãe e meus irmãos. Meus pais sempre foram e são apaixonados pelo centro, e com este passeio acompanhado das histórias de meu pai sobre aulas cabuladas, almoço na já fechada Casa California; e por fim nos levar pela primeira vez ao McDonald´s em uma loja que já nem exite mais na rua São Bento, herdei o amor por esta região da cidade. Assim como a Casa California e esta loja do Mc, aquela época não existe mais senão em minha memória. Enfim... Em 1986 completei 10 anos de idade, e só tenho certeza de uma coisa... Eu sabia bem menos do pouco que sei hoje, mas não tinha tantas preocupações e responsabilidades.