28 de jan. de 2007

Até Quando?

Aquele senhor nascido em 1947 mais uma vez estava certo,devíamos ter a experiência e sabedoria de 40 aos 20 anos; aí quem sabe aproveitaríamos melhor nosso tempo. Hoje fiquei encucado com isso e estava me questionando... “Como seria se a vida fosse ao contrário?” Imaginem como seria ter a mesma ordem cronológica e ao invés de adquirirmos com o tempo, fôssemos perdendo. Nasceríamos sabendo de tudo que saberemos quando morrermos na ordem atual; teríamos o dinheiro que conseguiríamos acumular ao longo de toda nossa vida; e com o tempo iríamos usufruindo tudo isso para chegarmos aos 50, 60 ou 70 anos como uma criança de 3 ou 4 anos... Totalmente puros e ingênuos. Acho que saberíamos aproveitar melhor nosso tempo, nossas oportunidades, amores... Quem sabe o mundo não teria tanta maldade e desigualdade? Afinal a maldade é algo iminente do ser humana, a bondade ele aprende ou não com o tempo. Se todos já nascêssemos com um nível parecido de intelecto, dinheiro e bondade; acho que teríamos um mundo quase perfeito sem uns quererem aproveitar tanto dos outros; teríamos menos desigualdade; enfim, acho que pensaríamos mais em fazer nossa parte e veríamos o mundo com outros olhos, apreciando as coisas ao nosso redor sem medo de sermos assaltados, sem destruir tanta coisa. Sei lá, encanei nisso.

Desejos

Quando criança eu queria ser adulto Ser como meu pai sempre fora aos meus olhos Um grande homem, um homem grande... Fruto de toda a pureza que só as crianças têm

Adolescente queria ser um pouco mais velho Sonhava com a liberdade fantasiosa da maioridade Ainda tinha a desculpa da pouca idade para os erros Jamais pensava nas conseqüências futuras

Aos vinte e um passei de filho a pai Fruto de não pensar na conseqüência dos atos E mais ainda quis ser como meu pai Um grande homem, um homem já não tão grande...

Comecei a desejar o conhecimento E o adquiri em todos os pontos de minha vida Vejo que sei pouco mais do que quando era criança Vejo que meu pai era um homem grande por eu ser uma criança pequena

Hoje penso no que ainda posso fazer Em quanto tempo me resta... Quantos desejos quero realizar? Quantos realmente conseguirei?

No dia em que morrer quero uma festa! Uma reunião com todos que me cercaram Todos aqueles que não encheram minhas festas de aniversário Quero realizar meu desejo de criança... Uma festa cheia só para mim

Quero que se despeçam de mim Quero que ouçam minhas músicas Riam das trapalhadas que fiz E digam que vivi, de forma correta ou não... Vivi!

Cristiano Rolemberg Carozzi Aguiar 18/10/2006

3 de jan. de 2007

De novo Ano novo... E assim começa o novo ano... Engraçado que este antes do outro terminar eu escutei falar muito que esta história de ano novo era besteira; e se pensar bem é. Mas tem seus pontos positivos. Quer um exemplo? Imagine se o tempo fosse corrido e não recebesse os devidos nomes dos meses, e ainda não houvesse um tempo estipulado de duração. Como iríamos marcar um compromisso para o mês posterior, seria algo do tipo: "Daqui trinta e cinco dias farei uma festa e quero que você esteja lá." Ou então no caso de um financiamento de sessenta meses: "Você tem sessenta parcelas para pagar, é uma a cada trinta dias pelos próximos 1825 dias." E pior, digamos que os dias não tivessem sido enumerados de trinta em trinta para formar um mês: "Estamos no dia 732.193 d.C." E o mais interessante e que mostra que o ser humano, apesar de dotado de inteligência ainda é burro, é o fato de que apesar de ser a mesma coisa no ano seguinte ele ainda acredita que os próximos doze meses, ou 365 dias as coisas serão diferentes. Que elas serão diferentes é incontestável, mas ninguém garante que serão melhores ou piores. Quem criou estes termos e convenções deve ter pensado na esperança humana, deve ter sido algum filósofo sofista que prometia que a cada mudança de ciclo, ou cada doze luas cheias as coisas mudavam. Ainda assim não concorda em dizer que o ano novo é novo? Então faça o seguinte, imagine que estes doze meses ou 365 dias são algo que você gosta muito de fazer. Por exemplo: Se gosta de ler, imagine que é um livro; se gosta de escrever, imagine um caderno; se gosta de carros, um tanque de combustível... Se é um livro imagine que quando acabou o ano, o livro acabou e tudo o que você pode absorver dele você aproveita. Se é um caderno, você escreveu tanto que acabaram-se as folhas com tudo que você passou naquele período e relatou naquelas folhas. Se é um carro, acabou o combustível e você o está reabastecendo para a próxima viagem. Enfim, se não está de acordo com o tempo que alguém determinou crie o seu próprio da forma que melhor lhe agradar; mas nunca se esqueça de se fortalecer ao término de cada período para iniciar um novo revigorado. Desejos Quando criança eu queria ser adulto Ser como meu pai sempre pôra aos meus olhos Um grande homem, um homem grande... Fruto de toda pureza que só as crianças têm Adolescente queria ser um pouco mais velho Sonhava com a liberdade fantasiosa da maioridade Ainda tinha a desculpa da pouca idade para os erros Jamais pensava nas consequências futuras Aos vinte e um passei de filho a pai Fruto de não pensar na consequência dos atos E mais ainda quis ser como meu pai Um grande homem, um homem já não tão grande Comecei a desejar conhecimento E o adquiri em todos os pontos de minha vida Vejo hoje que sei pouco mais do que quando criança Vejo que meu pai era um homem grande por eu ser uma criança pequena Hoje penso no que ainda posso fazer Em quanto tempo me resta Quantos desejos quero realizar Quantos realmente conseguirei No dia em que morrer quero uma festa Uma reunião com todos que me cercaram Todos aqueles que não encheram minhas festas de aniversário Quero realizar meu desejo de criança... Uma festa cheia só para mim Quero que se despeçam de mim Quero que ouçam minhas músicas Riam das trapalhadas que fiz E digam que vivi, de forma correta ou não... Vivi.
Cristiano Rolemberg Carozzi Aguiar
18/10/2006