21 de mar. de 2012

Sem título...
Toda vez que vou escrever um post eu penso no título antes de mais nada, e toda vez falta criatividade, e toda vez me vem à cabeça o título "Assim caminha a humanidade..."
Sei lá o porque, mas vem.
Falta de criatividade à parte cá estou eu escrevendo nesse espaço abandonado já há tempos,
fosse por causa de tempo e falta de vontade de compartilhar minhas idéias que muitas vezes julgo absurdas, ou fosse pelo desânimo que tomou conta de mim em relação ao blog desde que a tabulação de todos os textos e poesias anteriores se perdeu por motivos que provavelmente só o blogger possa explicar.
Enfim...
Ultimamente tenho pensado muito e muita coisa tem me parecido lógica, outras nem tanto, mas resolvi voltar a compartilhar um pouco desses pensamentos novamente, e quem sabe assim alivio a cabeça que já não é a mesma e tão pouco tem segurado cabelos.
Desde a última postagem em 22/11/2010 muita coisa aconteceu... Boas, ruins, nem tão boas e nem tão ruins... Enfim aconteceram coisas a beça.
E nesse monte de coisas sempre acabei viajando e tentando tirar algum proveito dos acontecimentos, um deles em especial foi bem gratificante e me fez enxergar a vida de um modo um pouco diferente... Alpinismo Indoor!
Não lembro ao certo quando foi, mas ainda foi em 2010 que fui fazer uma escalada indoor com o Litle John Wild (ou Joãozinho Selvagem, gente boa demais), e o que parecia apenas mais um esporte radical passou a ser um estilo de vida que mudou muito das coisas escritas no post de 11/2010. Isso não significa que passei a escalar semanalmente, mas me ajudou a enxergar a vida de uma forma diferente.
Para quem não conhece nada do esporte, se trata de escalada de paredes com diferentes níveis de dificuldade e de altura, utilizando equipamentos de escalada normal... Mosquetão, cadeirinha, corda...
Vamos à ação que consiste em literalme subir pelas paredes utilizando apoios e com outra pessoa fazendo contrapeso na outra ponta da corda. Tá, e daí, cadê a filosofia e o estilo de vida?
Seguinte...
1- É engraçado ver como agimos instintivamente subindo na parede, você quase nunca olha para baixo independente da altura que esteja, e quando o faz é somente para garantir que está colocando o pé no lugar certo. O objetivo é o topo, então você está sempre olhando para cima;
2- Cada movimento que você faz é calculado anteriormente para que consiga equilibrar a força de forma a não se desgastar tanto, então é importante achar pontos onde apóie a perna de forma que ela ajude os braços a te impulsionar para cima;
3- O que garante que você não vá despencar de 10cm, ou de 10m é uma corda que passa por uma roldana e está sendo segura por uma pessoa. Ou seja, você sempre conta com alguém;
4- Chegando ao topo você literalmente se solta, e aí é mais importante ainda que a pessoa com quem você está contando seja de confiança.
Sacou a filosofia?
Olhe para onde quer chegar, o que ficou para atrás lá ficará, tenha sempre alguém com quem pode contar...

E ao final do post surge o título do mesmo... Alpinismo Inside.

22 de nov. de 2010

Conformismo? Será isso? Há algum tempo pensei que estava deixando de viver a vida e que simplesmente estava assistindo o tempo passar, mas este fim de semana me fez descobrir que as coisas não são bem assim... Depois de muita conversa por telefone com uma pessoa e msn com outra descobri que desde os últimos dois assaltos que sofri eu perdi o tesão de morar em São Paulo. E desde que isso aconteceu eu só penso mais e mais em sair daqui, só que dada a minha realidade e minhas responsabilidades isso ainda não é possível. Sábado teve festa de aniversário da She, e como sempre os eventos dela são um sucesso de público; que diga-se de passagem normalmente são pessoas totalmente diferentes umas das outras e que acabam interagindo entre si por causa da forma como a She trata todo mundo. Enfim... Festa boa. Conheci gente nova e reencontrei gente antiga, o que também e bom. Mas foi só. Ponto. Domingão acordei 10:40h e não tinha nada para tomar café da manhã porque esqueci de ir ao mercado sexta, sendo assim fui à casa do meu pai na esperança de tomar um café e ir correr no Ibira. Para variar enrolei e saí tarde de casa chegando tarde na casa dele onde também não tinha café. Deixei café e corrida de lado e fomos almoçar... Volta do almoço... Preguiça... Levantei, peguei uma latinha de cerveja e desci para casa pensando até chegar a conclusão do que realmente está acontecendo. Está no dicionário: Conformismo: s.m. Tendência de se conformar com os usos estabelecidos. É isso o que acontece. E isso é negativo? Não sei, mas sei que realmente estou conformado com alguns fatos da minha vida mais ou menos como eram as pessoas na idade média, manja? Se você nasceu ferreiro, vai morrer ferreiro. Pois é, estou simplesmente aceitando a vida que tenho e estou sem a menor vontade de mudar isso. Não tenho mais paciência e nem força de vontade para ser algo maior ou melhor. Ultimamente tenho até pensado em desistir das poucas coisas que ainda faço, mas aí teria que deixar de lado as minhas responsabilidades. Só elas fazem com que eu ainda me conforme.

7 de jul. de 2009

Onde está o tempo? É engraçado como vemos o tempo em cada uma das fases de nossas vidas, quando eu era pequeno (ou mais novo se preferir), achava que o tempo demorava para passar, assim como todo mundo creio eu. Na sala de aula então era um martírio esperar o sinal tocar para o intervalo, e pior ainda para o término da aula. Acredito que um dos motivos para ter ido mal em alguns (vários) anos da escola, era a impaciência de ler as provas com calma e perder alguns minutos tentando responder as questões que muitas vezes deixei em branco por preguiça de pensar e pela pressa de sair da sala de aula. Parece que nesse ponto minha filha está seguindo os passos do pai, e isso é muito, mas muito preocupante mesmo. Mas quem sou eu para julgar, ela também deve achar que o tempo demorará para passar e que no fim tudo dará certo sem muito esforço. Ok... Acabou a infância e eu estava tão preocupado que o tempo não passava que ele passou sem que eu percebesse, foi quando veio a pré-adolescência e eu percebo hoje que a minha preocupação com o tempo não passar me despreocupou comigo em diversos aspectos que me tornaram o baixinho, gordinho de óculos fundo de garrafa e aparelho nos dentes. Tá... óculos e aparelhos não tinha muito como evitar, mas o fato de ser gordinho tinha. Resultado, era o cara zuado da classe, o nerd que resolveu se rebelar, fez um monte de merda e perdeu um monte de tempo tentando se auto-afirmar. Adiantou em algo? Não! Beleza... Mudança de vida, de padrão de vida, de escola, amigos e tudo mais... Comecei a trabalhar aos 14 anos de office-boy interno (acho que muita gente nem sabe o que é isso) e estudar a noite em um colégio do estado, onde comecei a pegar um pouco de malícia, a qual acabou me encantando e nunca mais a larguei. Que merda! Acabado o ginásio fui para uma escola particular fazer colegial técnico. Primeira tentativa foi Administração (failed), segunda tentativa Publicidade (failed), terceira tentativa Proces- samento de Dados (failed); mas aprendi a cabular aulas, a beijar, a transar a beber e até a fumar de vez em quando, mas não foi aí que me viciei. Melhor mudar, voltar para o primeiro colegial aos 18 anos de manhã deve ajudar. Em partes ajudou, mas em outras não. Enfiim... Continuo sem muita paciência para fazer as coisas, e escrevi tudo isso até aqui porque estava pensando que tenho que fazer uma planilha para planejar melhor meu tempo; foi então que percebi que mais uma vez que hoje, apesar das mesmas 24h me falta tempo para fazer o que gostaria de fazer. Falta também um pouco de disposição e comprometimento, mas é mais fácil culpar o tempo.

16 de nov. de 2008

O choro Ontem foi aniversário de meu pai, e hje de minha irmã, e acho que o meu maior presente aos dois veio inconscientemente. Hoje resolvi falar tudo que não falei a vida toda, acho que acabei sendo até meio desagradável com algumas das pessoas que foram atingidas por meus comentários. Velhos amigos, que hoje já podem ser chamados de amigos velhos foram atingidos por palavras pensadas tiradas de minha mente despreocupada com a reação, e principalmente com o teor de tais palavras. Palavras afiadas que com cereteza não causaram nenhum conforto, pelo contrário, causaram muito desconforto. Ainda mais vindo daquele que nunca fala, simplesmente observa e prefere abster-se de comentários. Mas hoje foi diferente, foi instantâneo, automático e implacável. E o choro, o que tem a ver? Viemos para casa, eu e meu pai conversando sobre shows, ídolos e afins; até que chegando em casa começamos a escutar músicas e discutir sobre arranjos e as lembranças que as músicas trazem. Foi então que resolvi colocar Villa-Lobos para meu pai escutar. A princípio ele não assimilou que fosse Villa-Lobos, mas quando falei pude ver seus olhos brilhando; coisa não muito comum para um cara de 61 anos mais racional do que emocional. Escutamos o "Trenzinho caipira", e na sequência escutamos "Melodia Sentimental". A segunda toda tocada em violão com acordes trabalhadíssimos, acordes que até então só vira meu avô Benjamin tocando sentado em seu sofa de napa marron, com seu cigarro inseparável pendurado no canto da boca enquanto dedilhava o violão. E meu pai chorou...

4 de jul. de 2008

O que nos falta. Emagreci, e agora? Tenho saúde, e agora? Tenho um bom emprego, e agora? Tenho uma filha linda e inteligentes, e agora? Tenho uma família meio estranha, mas estão todos bem, e agora? Tenho uma namorada que apesar de estarmos longe é companheira, e agora? O que mais eu quero? O que mais você poderia querer? Com tudo isso só posso chegar à conclusão que sou um sortudo, ou que sou feliz. Mas porque insisto em procurar algo com que me preocupar? Oras, porque sou humano! E como humano nada nunca me deixará satisfeito, sempre procurarei algo que me torne insatisfeito, que me faça buscar um algo a mais, e normalmente uma algo mais que seja quase inalcançável. E para que? Oras, para ter do que reclamar. Será que seremos sempre assim? Nada nunca nos deixará satisfeitos? Essa insatisfação continua tem me deixado insatisfeito até com minhas conquistas, meu sucesso já não me basta, e insisto em diminuir minha glória a um simples "consegui mais uma vez". Isso é péssimo, é degradante e stressante, perder tempo se lamuriando do nada, do que poderia acontecer de errado, de achar que tá legal, cheguei até aqui, mas e daqui para a frente, o que poderá acontecer? Dane-se o que pode acontecer, que aconteça! Merda de insatisfação! Você tem certeza que quer uma vida perfeita? Pense bem, quando a encontrar não terá do que reclamar. E o que fará então?

5 de jun. de 2008

E a vida, o que será dela? Hoje durante o almoço fiz algo que não faço a tempos... Conversei. Que me desculpem meus contatos do msn e outros meios digitais, mas para mim conversa é assim, cara a cara. Isso é bom, faz bem sair da concha de vez em quando; ainda mais quando o papo te desperta interesse. A pauta foi preservação ambiental. O que você faz para preservar o planeta? Não, não precisa se filiar ao Greenpeace, à WWF e a nenhum outro órgão protetor do meio ambiente; basta pensar no seu umbigo, aquele pequeno buraquinho que fica um palmo acima de sua genitália. Ou se preferir pense no seu bolso, pronto! Isso já será suficiente. Se você economizar tempo de banho, economizará água e seus bolsos e as represas ficarão mais cheios. Se toda vez que sair do quarto para ir à cozinha para pegar um copo de qualquer coisa, apagar a luz do quarto fechar a porta da geladeira logo que retirar a garrafa, o prato, ou o refratário que contenha o que você foi pegar; abrir a geladeira, guardar o que pegou, fechar a pobrezinha da frígida, apagar a luz da cozinha, entrar no quarto, acender a luz e desfrutar do conforto que só ele oferece; mais uma vez estará deixando as represas e todo eco-sistema que as habita, bem como o seu bolso também mais cheios. Pode ser menos vazio se preferir. Simples, não? Você tem costume de jogar latas e papéis nas ruas? Sabia que tem gente que ganha dinheiro com isso? Não, não são os garis que você está tentando ajudar quando tem esse tipo de atitude, afinal não você, mas a maioria das pessoas que faz isso o faz próximo aos bairros de periferia, onde dificilmente há garis. Custa segurar seu lixo até sua casa, ou até descer do ônibus, ou do carro, ou quem sabe até a lixeira mais próxima? Não consegue mudar o mundo, mude seu dia a dia. Se você reciclar o seu lixo, depois sua família também o fizer, já é alguma coisa. Se depois disso seu vizinho começar a fazer teremos mais um avanço, e quem sabe assim o seu prédio, ou a sua rua e depois seu bairro. Parece difícil? É, realmente será se você tentar fazer a ordem inversa. Junte seu lixo reciclável e venda para uma organização que o recicle; você pode ganhar R$ 3,00 que pagariam o saco que usou para juntar o lixo, isso se você não usou o bom e velho saquinho de supermercado. Bom... Não vai adiantar eu ficar aqui falando, só quero que você se lembre que o plástico que faz as sacolinhas de supermercado é feito de um combustível fóssil, que é o mesmo que abastece o carro, ou o ônibus que te leva para lá e para cá; e o pior, ele pode acabar. A água que você bebe é a mesma usada no seu banho, e que fornece a energia para seu banho quente. A terra é o planeta água, mas só uma pequena parcela dela é potável. E sem ela... ...O que será da vida?

3 de abr. de 2008

Vai passar, sei que vai... Sim, eu estou precisando escrever, mas tem muita coisa acontecendo que tem ocupado demais minha cabeça por tempo demais... Mas vai passar.

12 de dez. de 2007

Qual vida quero seguir? O que a vida espera de você? O que você espera da sua vida? Não sei o que ela espera de mim, mas sei que não espero nada dela, afinal quem a faz sou eu. Como já diz aquela propaganda de uma rede de supermercados. "o que te faz feliz?" Acordei ainda há pouco, depois de uma soneca pós caminhada pensando no quanto perco meu tempo ficando stressado com as coisas que não me fazem feliz, aquelas que incomodam demais por simplesmente ferir nosso ego; e aí brigamos com tudo e com todos. E isso resolve? Não, pelo contrário, só te faz perder tempo até que consiga se acalmar e pensar com coerência para tomar uma atitude digna e que não fira a você e nem a ninguém. Aí podemos partir para o que é certo ou errado. O que é certo e o que é errado? Pelo espiritualismo, espiritismo e pelas doutrinas que veneram nossa alma e dão ênfase à magia dos elementos o certo e o errado não existem; o importante é você fazer bem a si mesmo, de forma que sua alma se alimente de coisas boas e se eleve. E isso significa que você deve fazer as coisas que você tem vontade, desde que isso não prejudique seu corpo, e muito menos sua alma. Porém vale lembrar que vivemos em sociedade, e o que nos faz bem pode, de repente ferir um outro sem que você perceba. Então como acertar? Há algum tempo tenho ensado sobre o meio termo, que de repente o meio termo é segredo do bem estar. Parece fácil para uns, medíocre para outros, e impossível para muitos. Depois fui saber que o budismo prega algo parecido, mas para variar não me informei mais sobre isso. Cheguei nessa conclusão porque já tive uma vida de desperdícios, com gastos desenecessários com coisas desnecessárias, inclusive de tempo; mas também já tive uma vida onde era difícil fumar ou até mesmo fazer as três refeições do dia. Ou seja, conheci os extremos. Enfim, isso nos leva à outros caminhos, como por exemplo: Quais problemas reais você tem? E quais você criou? Tenho percebido que a cruz que carregamos, somos nós que escolhemos, e não Deus que acredita que conseguiremos ou não carregar. Filosófico, religioso? Não sei. Li hoje de manhã que: "A mulher que tenta definir o homem perde o encanto por ele, e o homem que tentar entender a mulher se tornará estúpido." Sempre acreditei que é impossível entender as mulheres, sendo assim tente se entender para ter um bom convívio com elas. A vida é a mesma coisa; não tente entedê-la, viva-a simplesmente. Não de forma que pareça estar aqui de passagem, afinal a única coisa que levará dela é o que absorver em seu trajeto. Portanto escolha a vida que quer levar, a que te faz mais feliz, mas haja para conseguir viver da forma que escolheu e não espere que os outros te ajudem a conseguir alcançar o que você deseja, afinal as pessoas estão ocupadas em buscar o que as faz feliz. Não espere que um namorado, ou namorada seja responsável pela sua felicidade; nem um bom emprego, ou o carro dos seus sonhos, quem sabe salvar os animais quando todo mundo virar vegetariano, ou então a paz mundial. Não espere, faça a sua parte. E qual é a sua parte? Viver.

27 de nov. de 2007

Desabafo Tô de saco cheio de pessoas. De saco cheio de gente que não tem problemas de verdade e fica dificultando tudo... De saco cheio de mesquinharias por coisas que poderiam nem existir... De saco cheio de gente que tem saúde e pensa que os únicos problemas da humanidade giram em torno de dinheiro... Mas na verdade hoje eu queria ter dinheiro, assim pegaria as pessoas que me fazem feliz e mudaria de mundo... Faria um mundo nosso sem estas picuinhas malditas, que a todo momento insistem em estragar meus dias, ou minhas noites... Tô de saco cheio de dualidades, histórias mal contadas e de, porque se eram 3, a partir de agora são 4? Caralho!!! Cadê o bom senso das pessoas? Cada um tem sua vida, que cada um cuide dela, por favor!!! Eu já não aguento ouvir gente falando da vida dos outros comigo, não aguento mais gente palpitando na minha vida!!! A única coisa que ainda tenho hoje, é a minha vida cassete! Não quero a sua opinião, nem a de ninguém. Se não palpito na vida de ninguém, porque querem palpitar na minha? Se não me interessa o que você quer fazer da sua vida, porque você tem que se interessar pelo que acontecerá com a minha!!! Porra, mas que merda!!! Fulano fez isso... Fulano fez aquilo... FODA-SE!!! Quem sofrerá as consequências é o fulano, e não eu!!! Agora se você depende das atitudes de fulano para mudar de vida, senta e espera. Ninguém tem obrigação nenhuma de fazer nada por você!!! NINGUÉM!!! NINGUÉM!!! NINGUÉM!!! Se alguém faz algo por você, é pelo simples fato de querer fazer. Se você faz algo para alguém, por favor não espere nada em troca. Isso parece injusto? Não, não parece, é!!! Você faz porque quer, se fizer esperando algo em troca, por favor não faça!!! Você quer ter seu espaço, limite-o!!! Você quer ser respeitado, se respeite e aos demais idem!!! Quer que os outros te amem, ou te admirem; então primeiramente se ame e se admire!!! Você não tem obrigação de fazer nada por ningué, e ninguém tem a obrigação de fazer nada por você!!! PUTA QUE PARIU!!! Que merda virou isso aqui!!! Cansei... Cansei... Cansei... Não quero mais nada disso, quero simplesmente minha vida. Será que estou pedindo demais?

28 de out. de 2007

10 + 10 + 10 No ano em que completei 30 anos renasci em muitos sentidos. Analisando friamente as duas décadas anteriores, eu percebo que sempre levei uma vida vazia e sem muitos objetivos; um estilo de vida que não me transformou em alguém admirável, e nem mesmo em um homem bem sucedido e digno de exemplo a ser seguido. Me tornei mais um conselheiro por ter aprendido com meus erros, do que uma referência em atitudes a serem tomadas. Dos 20 aos 30 namorei seis anos, fiquei noivo duas vezes e deixei de ser filho para me tornar pai. Neste ano a Sofia completou 8 anos. Dos 28 aos 30 resolvi que teria que reaprender tudo, adotando uma postura até simplista demais quando resolvi abandonar todos os meus pré-conceitos, e abdicar de meus desejos. Mudei quando decidi que vim aqui para aprender, e não para ensinar como achava ser capaz de fazer até então. Além dos tropeços e trancos da vida, tive alguns professores que vale a pena citar. A Sofia me ensina cada dia mais que já não sou mais criança, e que as consequências de meus atos não têm mais tempo para serem solucionadas pelos outros, ou simplesmente esquecidas. A Juliana me ensinou que o amanhã não tem importância se nós esquecermos de viver o hoje. O Beto me mostrou que não precisamos de muito para viver, apenas nós e as necessidades básicas. A Simone me mostrou que podemos ser responsáveis sem sermos chatos.E assim podemos nos divertir sem abandonar as rnossas esponsabilidades. A Tatzi me ensinou e ensina, que podemos ser crianças mesmo sendo adultos, que muitas vezes procuramos e não encontramos as coisas pelo simples fato de sabermos o que procurávamos. Que caminhar na mesma direção e lado-a-lado é possível, mesmo quando estamos distantes. Em cada atitude minha e das pessoas que me cercam, eu aprendo um pouco mais. Está certo que ainda falta muito para eu me tornar o que pretendo me tornar. Mas aparentemente estou finalmente seguindo o caminho certo, dando um passo de cada vez e tentando a cada dia que passa me melhorar. Sei que só assim conseguirei melhorar o meu entorno, sendo uma pessoa melhor para mim e para os que me cercam. Com 30 anos tenho um pouco mais de experiência do que com 20, com certeza uma experiência bem diferente do que quando tinha 10; mas já não tenho mais tanto tempo.

24 de out. de 2007

10 + 10 + 10 Aí já fica mais fácil de lembrar... Em 1996 completaria 20 anos com muita diferença em relação aos primeiros 10 anos de vida. Neste ano já tinha algumas histórias para contar, clao que em muitas delas seria difícil ter orgulho, mas em momento algum me arrependeo de tê-las vivido. Dois anos antes eu realizei o sonho de tirar carta e ter em mão meu primeiro carro; já havia namorado a Cilene, a Inez , e atualmente namorava a Adriana. Analisando hoje as minhas atitudes eu vejo o quanto era imaturo. Sempre fui um cara de sorte e tive muitas oportunidades, e como diz meu pai, o importante é perceber os erros com tempo de não cometê-los novamente; isso é sinal de amadurecimento. Desperdicei muitas oportunidades, e aos 20 já havia sido até empresário ao lado de minha irmã e minha mãe que há 8 anos já não estava mais casada com meu pai. Era a época do Professor Moriartys, a casa noturna que meu pai se aventurou a abrir. Eu trabalhava na Hobby vídeo, estudava no Costa Braga de manhã e mesmo namorando saía quase todas as noite; inclusive com outras mulheres. Não falei que não poderia me orgulhar de muitas atitudes? Nesta época era frequentador assíduo do Madame Satã, que habitava o mesmo espaço físico só que com o nome de The-The; mas preferia ir ao Espaço Retrô, que levava o mesmo nome ainda, porém num espaço físico diferente. Era a época de sair com o Sérgio e a Fef´s, de calças jeans, calças pretas, calças verdes; com camisetas pretas e o bom e velho coturno herdado do Marcio punk, nosso amigo da rua da casa da praia. Coturno este que me acompanha até hoje, bem como as cores e o estilo de roupa. Era a época do topete estilo "Barrados no Baile", que me forçava a acordar 5min. antes do normal só para moldá-lo com secador e spray Karina. Definitivamente foi a época de minha vida em que tive maior convívio social. Também foi neste ano que a mãe de meu pai, a avó Mercedes, viria a falecer. Em 1996 foram escritos meus primeiros poemas, que eram rebuscados demais e foram responsáveis pelo início dessa prática que insisto em manter. Aliás uma das poucas que trago daquela época. Foi o ano do show do The Cure, que só fui assistir graças a Fef´s que me deu o ingresso, e foi comigo, masi o Evandro assistir. Nossa... Muita coisa aconteceu em 1996. É... Com 20 anos eu sabia muito pouco a mais, do que quando tinha 10 anos.

21 de out. de 2007

10 + 10 + 10 Não me lembro muito bem do meu aniversário de 10 anos, apesar de ter uma boa memória 1986 não está fresco nela. Lembro-me que andava de skate, adorava roupas camufladas, usava tenis Skin-Heads; e claronão podia esquecer disso, foi o ano em que pedi um disco importado do Sigue Sigue Sputnik de amigo secreto, mas no fim ganhei o "The head on the door" do The Cure. Minha amiga secreta era a Lizandra, uma garota que tinha a mesma idade que eu; era alta, esguia, bem branca, cabelos negros e com um sorriso meio tímido. Era descendente de espanhóis e usava óculos. Nesta época minha irmã era dark, e através dela escutei muitas das músicas que escuto até hoje; como "Crushed" do Cocteau Twins, "Just like honey" do Jesus and Mary Chain e "Inspiration" do Section 25. E como ela namorava o Marcelo que era punk, acabei por trazer outras bandas comigo até os dias atuais; como Dead Kennedys, Sex Pistols, Inocentes, Plebe Rude... Posso até estar enganado, mas acho que foi nesse mesmo ano que aconteceu um show um show de aniversário da rádio Jovem Pan, onde tocaram Capital Inicial e Legião Urbana no ginásio do Ibirapuera. Eu estava lá! A memória da gente é algo engraçado. Pôxa, há quanto tempo não lembrava da Lizandra e de tudo isso? Não, a Lizandra não foi uma de minhas paixões... Mas pensando friamente eu acho que o estereótipo das mulheres que eu gosto de iniciou com ela. Neste mesmo ano fiz muitas amizades inesquecíveis, e que nunca mais tive contato. Só para variar... Neste ano também fui ao centro de São Paulo pela primeira vez; meu pai, minha mãe e meus irmãos. Meus pais sempre foram e são apaixonados pelo centro, e com este passeio acompanhado das histórias de meu pai sobre aulas cabuladas, almoço na já fechada Casa California; e por fim nos levar pela primeira vez ao McDonald´s em uma loja que já nem exite mais na rua São Bento, herdei o amor por esta região da cidade. Assim como a Casa California e esta loja do Mc, aquela época não existe mais senão em minha memória. Enfim... Em 1986 completei 10 anos de idade, e só tenho certeza de uma coisa... Eu sabia bem menos do pouco que sei hoje, mas não tinha tantas preocupações e responsabilidades.

2 de set. de 2007

Modern Life Quando Chaplin filmou "Vida moderna" não fazia a menor idéia de como ela realmente seria; acho que quem chegou mais perto foi George Orwell com seu "1984", está certo que com um atraso de aproximadamente 20 anos. Há muito tempo atrás, quando ainda era apenas mais um dos muitos office-boys que figuravam nas ruas, escutei um cobrador falando "...hoje para morrer, basta estar vivo", mal sabia ele o que se tornaria a megalópole que tanto amo; provavelmente o cobrador não era paulistano, e o corpo que estava estirado na avenida São João... Podia ser qualquer um. Por que tudo isso? Após o 17º assalto sem reação de minha parte, vejo que realmente em lugar algum de SP estamos seguros. Outro fato interessante a ser levantado, é quanto a hora de cada um; será que realmente existe sua hora, ou será que um belo dia alguém diz "Precisamos diminuir o peso na Terra, vamos tirar mais uns lá de baixo"? Digo isso porque no mesmo dia que fui assaltado, ocorria no Rio de Janeiro um assalto muito semelhante, só que com uma pequena diferença. A vítima era uma garota que se negou a entregar a mochila e foi baleada. Enfim, perdas a parte mais uma vez saí ileso. Mentira! Em nenhum assalto levam somente seus bens materiais, você passa dias sentindo falta de sabe-se lá o que, e é isso que te faz mais falta, o algo indecifrável que você acaba sentindo falta. Desta vez apesar de perder este algo indecifrável, eu tive a sorte de encontrar algumas pessoas de alma caridosa que encontraram meus documentos e cartões jogados na Joaquim Floriano. A eles só tenho a agradecer. Mas ainda faltou algo além do indecifrável, roubaram o caderno que me acompanhava para não deixar as inspirações escaparem quando apareciam. Mais do que o indecifrável, com certeza esta foi a maior perda; e o irônico que dentre os muitos textos e poemas não digitados havia um específico que falava justamente sobre perder. Era algo mais ou menos como "Tenho tido medo de ganhar, porque sei que posso perder...". Irônico não? Com a perda do celular, perdi todos meus telefones de contato e aproveitei o advento do Orkut para solicitar aos amigos que lá se encontram; recebi muitas respostas com os números, alguns ainda não responderam e houve uma resposta em particular que até me inspirou a escrever este post. Veio de uma amiga que não tenho muito contato por falta de oportunidade, e que além de ser uma mulher linda e inteligente, escreve muito bem. A frase é de autoria da Andréia Werlich de Florianópolis e diz exatamente isso: "Que pena que te furtaram os versos... Mas jamais a inspiração!!!" E cá está ela.
Cristiano Rolemberg Carozzi Aguiar
02/09/2007
Do filme 21 Gramas Quantas vidas vivemos? Quantas vezes morremos? Dizem que no momento exato de nossa morte perdemos 21 gramas. Quando perdemos 21 gramas? O quanto vai junto com eles? O quanto se perde? O quanto se ganha? 21 gramas, o peso de uma pilha de cinco moedas, de uma barra de chocolate... Quanto pesam 21 gramas?

14 de jul. de 2007

Vamos matar alguém ao estilo Lullaby Perambulava sempre sem destino pelas ruas do centro de São Paulo, sempre passando pelos mesmos lugares, os mesmos onde se sentia seguro. Volta e meia estendia um pouco suas voltas por lugares mais ermos do que os habituais, passava pela Ladeira da Memória, biblioteca Mario de Andrade; e as vezes até atravessava a Praça da República para passar em frente aos inferninhos da rua Aurora. As vezes ia acompanhado, mas na maioria delas estava só. Certa vez passava pela rua Major Sertório quando lhe pediram um cigarro, sacou o maço de Lucky Strike do bolso e estendeu sua mão num gesto generoso; o travesti até tentou puxar conversa, mas nunca conversava com ninguém durante suas caminhadas solitárias. De vez em quando ficava sentado quase invisível na escadaria do banco em frente ao edifício Copan observando o vai e vem de carros e pessoas na entrada da movimentada casa noturna que só abria lá pelas 04h da manhã. Observava atentamente os adeptos do estilo de vida “basta escolher, basta pagar”; e balançava negativamente a cabeça num gesto hipócrita como se nunca tivesse feito aquilo. Durante muito tempo estas voltas satisfaziam sua vontade de sair de casa, mas aos poucos as mesmas foram perdendo o sentido, bem como os pensamentos que povoavam sua mente durante as mesmas. Com as dificuldades financeiras que enfrentava, queria de alguma forma ajudar as pessoas necessitadas com quem cruzava nas noites, que por muitas vezes durante o ano eram frias. Sem dinheiro mas cheio de boas intenções como só o inferno é, resolveu aniquilar o sofrimento das pessoas do modo que achava mais justo. Estudou durante semanas um jeito de sua ajuda não ser descoberta, até encontrar o modus operandi perfeito. Conseguiu uns calmantes com as vizinhas de sua mãe, alegando stress no trabalho, e todas as noites os dissolvia em uma garrafa térmica cheia de chá. Colocava sua mochila nas costas para transportar a garrafa térmica e os copos descartáveis e saía para sua caminhada. Estava passando pela rua XV de Novembro quando encontrou o primeiro mendigo ao qual ofereceria a ajuda. Conversou um pouco com o homem que aparentava cerca de cinqüenta anos e serviu o chá ainda quente. Enquanto o mendigo se ajeitava sobre os papelões e se cobria, o rapaz cantava uma velha canção de ninar que escutava ao som da voz de sua mãe quando era criança; e quando finalmente percebeu que o homem havia adormecido mudou a canção e a entonação doce da voz para Sweet Dreams na tosca versão de Marilyn Manson enquanto quebrava o pescoço do homem. Já faz alguns anos que pratica este ritual sádico que tem a coragem de chamar de ajuda aos necessitados, e os jornais insistem em dizer que os moradores de rua têem morrido pelas baixas temperaturas do inverno paulistano. Mais um trago Desejo de fazer tudo ao mesmo tempo Vontade de fazer nada Sentir-se aprisionado Solidão exarcebada. O mundo as vezes nos aprisiona em nossa solidão deixando-nos presos a nossos espelhos, fugimos a cada noite, a cada dia, mas quando voltamos a solidão nos alucina. Saudade só existe em português e faz o tempo parar. Amigos, bebidas, cigarro (hummm, mais um trago)... balada, gente, dança e movimento. Melhor ir para casa e dormir escutando um Cocteau Twins. Encarar-se é difícil.
Cristiano Rolemberg Carozzi Aguiar
16/03/2005

23 de mai. de 2007

O mundo perfeito! Qual seu mundo perfeito? Muito se vê nos filmes de ficção científica, mas pouco sabe-se realmente de como seria um mundo perfeito. Vê-se nesses filmes que as pessoas possuem um padrão de vida razoável, parecendo até um comunismo meio liberal; ou seja, todos possuem mais ou menos as mesmas coisas, mas tem liberdade para ter o que quiser. Aparentemente o governo tem controle total de tudo, e todas as pessoas são mais ou menos como nós brasileiros... Acomodados. E de repente, no filme, sempre aparece uma ou mais pessoas que questionam esse perfeccionismo do mundo, do controle exercido pelo governante soberano. Aí que eu pergunto, se tudo é tão perfeito, porque tem gente que questiona? Quer coisa mais normal que isso? Pode realmente ser um mundo perfeito. Pode sim, mas não para todos. O meu mundo perfeito é diferente do seu, e o seu diferente dos outros que te cercam; alguns podem até ser muito parecidos, mas jamais serão perfeitos o suficiente para você porque não foi você que o criou. E quando você o criar, ele não será o mundo perfeito de outras tantas pessoas que idealizaram um mundo perfeito ao modo delas. Então qual é a definição de mundo perfeito? Um mundo sem guerra, sem violência, sem miséria, sem fome, sem discriminação, sem corrupção...? Poderia até ser, mas isso só seria possível no dia em que o homem voltasse à estaca zero e mudasse todos os seus valores, e mesmo assim ainda não seria perfeito para todos. Deus errou uma vez. Errou a partir do momento que deu aos seus filhos tudo aquilo que ele julgava bom eles terem. E nós, como bons filhos que recebem tudo de graça não soubemos valorizar. Se somos todos irmãos não há nada de errado em brigarmos, em discutirmos e principalmente em acreditar e pensar diferente uns dos outros. Bem vindos à grande família! Quer um mundo perfeito para você? Crie-o, acredite no seu mundo perfeito; mas lembre-se que o seu mundo não inclui outras pessoas no bom, e no mau sentido. Pondere-se ao seu mundo de forma que não precise prejudicar niguém para tê-lo. Você consegue? Qual seu mundo perfeito? Depreciação Eu vejo a degradação humana Ela está nos olhos de cada um que vejo passar As lágrimas trancadas os entregam Olhares adultos com jeito inocente... Perdidos Olhos sem vida, não enxergam mais o belo A beleza está no material Mudaram-se os valores Viva o descartável Até a inocência das crianças se perdeu Virou pó ao vento que acelera o tempo Aquele que insiste em voar cada dia mais Deixando para trás quem insiste em fantasiar Mundos cor de rosa, azuis, pretos... Cada um com sua máscara de vaidades Escondendo suas vidas, descartáveis, vazios Posses, lucro... Consumismo ilimitado Valor é o quanto custa O sorriso descartável vale mais Mais vale ser comprado e dominado pela matéria Quanto tempo seu celular te acrescenta de vida? Compensações inúteis descompensam... Você já não vale o que é, vale o que tem Mais do que nunca virou obsoleto O que você sabe não interessa se não tiver nada O que você tem para oferecer? Seu conhecimento? Sua experiência? O que eu ganharei com isso? Nem sua alma de nada vale, não é último modelo.
Cristiano Rolemberg Carozzi Aguiar
01/2007

29 de abr. de 2007

Se não fosse assim... Seria diferente! Ahhhh... As paixões!!! Estava pensando sobre elas essa semana, e o engraçado é que desta vez não foi um pensamento vago e sem sentido. Descobri esta semana que eu estou apaixonado! Até aí nenhuma novidade para quem me conhece bem, afinal sempre me apaixono, algo como a cada semana ou a cada mês uma nova paixão; quer dizer, seria normal se isso não acontecesse nesta atual fase em que decidi abdicar dos desejos e dos planejamentos futuros. Deixar os sonhos para atrás? Não, de forma alguma, afinal o que é a vida sem os sonhos; ainda mais para um sonhador como eu! Mas o que é uma paixão? Uma paixão é algo que te faz bem, te deixa feliz e sorridente, é aquela coisa boa que alguns definem como "borboletas no estômago"! Qual seria a sua paixão, há uma regra sobre paixões que diga que ela deve ocorrer por alguém ou alguma coisa? Acredito eu que não. Eu descobri que finalmente estou apaixonado por mim, pela minha vida. Apesar dos pesares ela é apaixonante e tem me mostrado que mesmo com 30 anos e sem conseguir fazer "nada" para desfrutar de momentos capitalistas de prazer, ela é muito prazerosa. Eu descobri que como toda paixão tem horas que nos sentimos inseguros em mantê-la, e que há horas que podemos perder o controle querendo desistir de levá-la adiante. Mas o que seria de uma paixão sem os momentos turbulentos? A maioria das pessoas difere paixão de amor pelo simples fato de uma ser intensa e o outro ser incondicional e linear. Porém os dois unidos podem te deixar em um êxtase inigualável, é uma daquelas sensações inexplicáveis em que você se sente tão bem que não percebe que é feliz a qualquer momento, e não só quando consegue algo que desejava. Viva o animal mais irracional do mundo! O ser humano! Esta raça burra não percebe isso nunca, e faz com que a vida seja alimentada por momentos de felicidade sentidos a cada nova conquista. Você já viu alguém dizer que é feliz? Escuta-se muito pouco isso por aí; mas dizerem que se conseguissem isso ou aquilo os faria mais feliz é a coisa mais comum de se escutar. Nossa felicidade está condicionada a nós mesmos, a aceitarmos o que temos e da forma que temos. Isso seria comodismo, ou fuga da sua incapacidade de conseguir as coisas? Claro que não! Te garanto que você sofrerá muito menos se não ficar pensando em como seria bom morar em uma cobertura em um bairro nobre de qualquer lugar do mundo. Planeje sua vida sim, mas procure primeiro construir uma base sólida para se apoiar caso seus planos não dêem certo porque a decepção é mais avassaladora que a paixão; tão mais que é capaz de destruí-la. Quer se dar bem na vida? Apaixone-se antes de tudo por você! Se eu sou rico e bem sucedido? Não, para mim isso não é sinal de estar bem de vida. Para mim quem tem dinheiro tem a facilidade de realizar os desejos que o dinheiro pode pagar; mas não que seja uma pessoa bem de vida. Você acha que eu não gostaria de poder ir a qualquer lugar almoçar hoje, ou de ter ido buscar minha filha neste fim de semana para levá-la à algum lugar que ela fosse se divertir? Eu amaria poder fazer isso, e só com dinheiro poderia fazê-lo, mas minha realidade hoje é outra. É a realidade de quem aprendeu a aceitar que muitos zeros depois do ponto em seu extrato bancário não te fará ter a pessoa que você ama ao seu lado, não te fará descobrir que se um dia você não os tiver mais, seus amigos de verdade prevalecerão ao seu lado. A vida não é injusta, é só você que não se apaixonou pela coisa certa. E se não fosse assim, a única certeza que tenho é que... ...Seria diferente.

29 de mar. de 2007

Pago o dobro! Definitivamente o desejo é o maior inimigo da humanidade. Cada vez mais fico estarrecido com o que as pessoas podem fazer para conseguir ter luxo, conforto e poder. Sendo assim resolvi me movimentar e gritar... ...Pago o dobro! Pago o dobro do valor que ia ser roubado pelos assaltantes da agência Moema de um dos maiores bancos brasileiros, que na tentativa de arrecadar dinheiro para comprar armas, drogas, carros, casas, putas; e o que mais o dinheiro pudesse comprar deixaram uma garota paraplégica num ponto de ônibus, e de quebra colaboraram para que outro cidadão que trabalha e paga impostos tivesse sua perna amputada. Justifica? O que você quer que ainda não conseguiu? Aquela Mercedes que o figurão passeia com sua família sem se quer trocar uma palavra com os passageiros, ou quando fala alguma coisa é para discutir investimentos e qual seria o presente melhor para agradar um dos componentes da rica e infeliz família? Infeliz... Isso mesmo, infeliz família que não tem valores como companhia, confidência, afeto e alegria ao sentar-se na mesa compartilhando os bifes de contra filé contados, e comprados com o pouco dinheiro que deu para comprar uma carne no mês. Qual a sua escolha, reclamar porque hoje a cozinheira não fez seu prato predileto, ou rir do dia terrível que você teve porque seu chefe estava puto porque a cozinheira não fez seu prato predileto? Agora pago o dobro do valor de um Corsa sedan (ou Classic) para os ladrões de galinha cariocas que arrastaram uma criança de seis anos por quilómetros, criarem um filho até os seis anos e depois de todo carinho e dinheiro gasto para dar uma boa educação; amarrarem seu filho em um carro e o arrastarem também. É isso que vale uma vida? Tá bom, não sabemos o valor dela até que percamos alguém que amamos. Mas e estas pessoas que atiram para qualquer lugar por não estarem satisfeitas com sua atual situação? Que direito têm de fazer isso? O que as diferencia de outros cidadãos comuns que trabalham para conseguir aos poucos ter uma vida um pouco menos ordinária? O que lhes dá o direito de tirar vidas para ter conforto? "- Mas ninguém teria morrido se não houvesse reação." Claro que não, mas mais uma vez ficaríamos estáticos assistindo a barbáries que fazem crianças como minha filha de oito anos dizerem: "...Papai, não sai na rua aí em São Paulo porque os ladrões estão malvados." É esse o mundo que queremos viver? Imparciais a acontecimentos e continuando a reclamar sem fazer nada para mudar? Pago o dobro para quem quiser fazer algo para mudar!