2 de set. de 2007

Modern Life Quando Chaplin filmou "Vida moderna" não fazia a menor idéia de como ela realmente seria; acho que quem chegou mais perto foi George Orwell com seu "1984", está certo que com um atraso de aproximadamente 20 anos. Há muito tempo atrás, quando ainda era apenas mais um dos muitos office-boys que figuravam nas ruas, escutei um cobrador falando "...hoje para morrer, basta estar vivo", mal sabia ele o que se tornaria a megalópole que tanto amo; provavelmente o cobrador não era paulistano, e o corpo que estava estirado na avenida São João... Podia ser qualquer um. Por que tudo isso? Após o 17º assalto sem reação de minha parte, vejo que realmente em lugar algum de SP estamos seguros. Outro fato interessante a ser levantado, é quanto a hora de cada um; será que realmente existe sua hora, ou será que um belo dia alguém diz "Precisamos diminuir o peso na Terra, vamos tirar mais uns lá de baixo"? Digo isso porque no mesmo dia que fui assaltado, ocorria no Rio de Janeiro um assalto muito semelhante, só que com uma pequena diferença. A vítima era uma garota que se negou a entregar a mochila e foi baleada. Enfim, perdas a parte mais uma vez saí ileso. Mentira! Em nenhum assalto levam somente seus bens materiais, você passa dias sentindo falta de sabe-se lá o que, e é isso que te faz mais falta, o algo indecifrável que você acaba sentindo falta. Desta vez apesar de perder este algo indecifrável, eu tive a sorte de encontrar algumas pessoas de alma caridosa que encontraram meus documentos e cartões jogados na Joaquim Floriano. A eles só tenho a agradecer. Mas ainda faltou algo além do indecifrável, roubaram o caderno que me acompanhava para não deixar as inspirações escaparem quando apareciam. Mais do que o indecifrável, com certeza esta foi a maior perda; e o irônico que dentre os muitos textos e poemas não digitados havia um específico que falava justamente sobre perder. Era algo mais ou menos como "Tenho tido medo de ganhar, porque sei que posso perder...". Irônico não? Com a perda do celular, perdi todos meus telefones de contato e aproveitei o advento do Orkut para solicitar aos amigos que lá se encontram; recebi muitas respostas com os números, alguns ainda não responderam e houve uma resposta em particular que até me inspirou a escrever este post. Veio de uma amiga que não tenho muito contato por falta de oportunidade, e que além de ser uma mulher linda e inteligente, escreve muito bem. A frase é de autoria da Andréia Werlich de Florianópolis e diz exatamente isso: "Que pena que te furtaram os versos... Mas jamais a inspiração!!!" E cá está ela.
Cristiano Rolemberg Carozzi Aguiar
02/09/2007
Do filme 21 Gramas Quantas vidas vivemos? Quantas vezes morremos? Dizem que no momento exato de nossa morte perdemos 21 gramas. Quando perdemos 21 gramas? O quanto vai junto com eles? O quanto se perde? O quanto se ganha? 21 gramas, o peso de uma pilha de cinco moedas, de uma barra de chocolate... Quanto pesam 21 gramas?