7 de jul. de 2009

Onde está o tempo? É engraçado como vemos o tempo em cada uma das fases de nossas vidas, quando eu era pequeno (ou mais novo se preferir), achava que o tempo demorava para passar, assim como todo mundo creio eu. Na sala de aula então era um martírio esperar o sinal tocar para o intervalo, e pior ainda para o término da aula. Acredito que um dos motivos para ter ido mal em alguns (vários) anos da escola, era a impaciência de ler as provas com calma e perder alguns minutos tentando responder as questões que muitas vezes deixei em branco por preguiça de pensar e pela pressa de sair da sala de aula. Parece que nesse ponto minha filha está seguindo os passos do pai, e isso é muito, mas muito preocupante mesmo. Mas quem sou eu para julgar, ela também deve achar que o tempo demorará para passar e que no fim tudo dará certo sem muito esforço. Ok... Acabou a infância e eu estava tão preocupado que o tempo não passava que ele passou sem que eu percebesse, foi quando veio a pré-adolescência e eu percebo hoje que a minha preocupação com o tempo não passar me despreocupou comigo em diversos aspectos que me tornaram o baixinho, gordinho de óculos fundo de garrafa e aparelho nos dentes. Tá... óculos e aparelhos não tinha muito como evitar, mas o fato de ser gordinho tinha. Resultado, era o cara zuado da classe, o nerd que resolveu se rebelar, fez um monte de merda e perdeu um monte de tempo tentando se auto-afirmar. Adiantou em algo? Não! Beleza... Mudança de vida, de padrão de vida, de escola, amigos e tudo mais... Comecei a trabalhar aos 14 anos de office-boy interno (acho que muita gente nem sabe o que é isso) e estudar a noite em um colégio do estado, onde comecei a pegar um pouco de malícia, a qual acabou me encantando e nunca mais a larguei. Que merda! Acabado o ginásio fui para uma escola particular fazer colegial técnico. Primeira tentativa foi Administração (failed), segunda tentativa Publicidade (failed), terceira tentativa Proces- samento de Dados (failed); mas aprendi a cabular aulas, a beijar, a transar a beber e até a fumar de vez em quando, mas não foi aí que me viciei. Melhor mudar, voltar para o primeiro colegial aos 18 anos de manhã deve ajudar. Em partes ajudou, mas em outras não. Enfiim... Continuo sem muita paciência para fazer as coisas, e escrevi tudo isso até aqui porque estava pensando que tenho que fazer uma planilha para planejar melhor meu tempo; foi então que percebi que mais uma vez que hoje, apesar das mesmas 24h me falta tempo para fazer o que gostaria de fazer. Falta também um pouco de disposição e comprometimento, mas é mais fácil culpar o tempo.