27 de ago. de 2004

A velhice... Estou lendo Fome de Viver após muito tempo de ter assistido o filme e o livro me fez pensar nesta questão: O que é a velhice? Cheguei a algumas respostas, conceitos que acabei criando e ainda continuo a estudar em minha cabeça até onde eles são válidos. Estive pensando sobre as rugas... e na minha insanidade cheguei a conclusão de que as rugas aparecem cada vez que vc finaliza uma etapa de sua vida, de sua "missão divina"; e não como prêmio, mas sim como demosntração de que você atingiu um dos muitos objetivos de sua vida. A diminuição de velocidade do raciocínio e dos reflexos deve ocorrer pelo mesmo motivo... você começa a "sofrer" esta desaceleração a partir do momento que realizou um determinado número de desafios que lhe foram "impostos" para a sua missão aqui na Terra. Como você já cumpriu as missões que você precisava de raciocínio e reflexos eles começam a diminuir. Porém há algumas questões que ainda não consegui responder; por exemplo: Meu avô hoje está com 83 anos e sofre do Mal de Alsheiner, por que após envelhecermos sofremos de doenças que literalmente destroem nossas funções vitais? Será mais uma missão? Unir os familiares mesmo que de forma sofredora? Ou seria um castigo por não ter desempenhado bem a sua missão, não ter cumprido os desafios a que veio enfrentar aqui? Ainda não entendo porque a ciência não se pôs a estudar esse fenômeno de forma mais aprofundada. Será que algumas pessoas envelhecem mais rápido por motivos genéticos? Ou será por alguma razão divina? Será a velhice um presente ou um castigo para nós? Se conseguíssemos desvendar estas questões, quem sabe não envelhceríamos mais orgulhosos de nossas rugas e da nossa crescente inutilidade... Minotauro Não me deixe só aqui! Não, não me deixe nesse labirinto! Quero encontrar a saída dele... Não, não é isso o que eu quero! Quero deixar marcas por onde passei Quero adentrar cada vez mais em seus corredores Mas quero lembra-me como entrei aqui Que caminho segui para chegar ao centro Venha comigo, deixe que eu a guie... Está escuro, mas posso sentir o caminho... Tem algo que me mostra por onde ir Confiarei neste sentimento Está ficando mais interessante A distância do objetivo deixa o caminho escuro Misterioso por si só, alucinante pela sensação... Um desconhecido que temo por já conhecer Está excitante continuar Caminhar sem saber para onde Olhar sem enxergar o caminho Passos que não sei onde vão dar Parece mais perto a cada momento Nem por isso menos assustador Um sentimento monstro, avassalador! Vou seguir sem medo de onde chegar. Cristiano Rolemberg Carozzi Aguiar 23/01/2004

12 de ago. de 2004

Quando se é pego de surpresa... Situaçãozinha chata essa, né? Pode ser boa ou ruim a surpresa sempre o deixa embaraçado e sem rea´ção; mas como é bom ser surpreendido com um presente, uma festa, uma atitude boa de alguém que você não espera, uma roupa diferente que ele ou ela coloca para te esperar... coisas assim. Essas entre outras são as boas, mas neste fim de semana fui surpreendido de uma forma que nunca esperei. Uma pessoa X (vamos chamá-lo de GodFather) que sempre foi "meio fria" e "distante" agora parece que se aproximou, só que essa boa surpresa veio em uma hora ruim, justo quando me mudei para longe dela... cara, isso acabou comigo. The GodFather sempre foi meio distante e parecia até insensível, só que de uns tempos para cá ele amoleceu seu coraçãozinho de pedra e tem mostrado que não tem um coraçãozinho, mas sim um baita corçãozão que estava petrificado. Foi o meu presente de dia dos pais, não foi material, não foi caro... não tem valor, não se compra, simplesmente você quer ou não recebê-lo; e GodFather... você realmente me surpreendeu e cada vez mais vejo que você é meu grande e melhor amigo, para alguns isso vai parecer cópia do que alguém escreveu em um cartão nesta data... e é, fiquei com inveja (das boas) de como essa pessoa conseguiu se expressar. Valeu GodFather, sempre esperei por isso, só me chateia estar longe agora. Insegurança Cadê minha vida? Parece que mais uma vez ela se foi Parece ter partido sem destino certo Sei que está longe, mas não sei onde... Cadê o coração que em meu peito batia? Não tenho certeza para onde foi Sei que novamente entreguei-o Deixei que fosse levado Cadê a minha verdade? Entreguei-a gratuitamente a ti Doei-a sem as conseqüências medir Confessei-me sem um padre me ouvir Cadê o meu mistério? Deixei-o em um canto escuro Escondido no momento que dele precisei Inconsciente de expor-me ao mundo Cadê a minha segurança? Não sei se um dia a tive Não sei se confiei em mim Não sei porque temo tudo Cadê você agora? Sei que está em algum lugar distante Consciente de nossos sentimentos Vamos nos resguardar para termos sempre nossos momentos. Cristiano Rolemberg Carozzi Aguiar23/01/2004

4 de ago. de 2004

Depois de tempos, voltei... Estive em SP semana passada e notei algo estranho. Quando estamos há muito tempo em um lugar não notamos algumas coisas, pequenos detalhes que passam as cegas por já estarmos acostumados com o que vemos. Fiquei muito surpreso ao descer na rodoviária e pegar o metrô para a estação Conceição, fiquei triste, deprimido e até mesmo quase chorei; as pessoas em SP tem cara de triste, cansadas, stressadas, desapontadas, sem esperança e de saco cheio. Pôxa, faz menos de um mês que estou fora e voltar a SP me dá esta sensação ruim? SP pecisa de uma injeção de ânimo que não sei de onde viria e nem quem daria essa injeção, também fica complicado todos os dias você pegar trânsito, metrô e ônibus lotados e não se incomodar com isso. Ainda estou meio triste por isso, mas já passa... Aconteceu muita coisa nestes cinco dias em SP, audiência, correria, poucas horas de sono, reencontro com alguns amigos... foi bom. E agora estou aqui, de volta à Ilha da Magia para continuar o que comecei com a mesma força que planejei esta mudança. Vou nessa! Anjo para vida Eu sou o anjo da vida Com minhas asas enormes a te abraçar Vôo pelo céu ao anoitecer Vôo pela noite a te procurar Guio-me pelos nossos corações Guio-me pela sintonia de nossas almas Procuro a luz de seus olhos Está confuso, o brilho das estrelas me engana... Sinto-a abraçar meu coração Sinto minha vida longe palpitar em meu peito Sei que estás comigo a todo o momento Queria ter você agora, aqui... Não temamos nosso presente Nosso temor presente pode abalar nosso futuro Venha, abrace-me como na primeira vez! Abraça-me para que me sinta vivo Não deixemos mais ninguém entrar Sob minhas asas só há lugar para ti Não me deixe escapar Esqueçamos a forma vazia como vivíamos Vamos abandonar os amores fúteis Vamos nos ater somente aos nossos sentimentos Não deixemos mais ninguém entrar Sob minhas asas só há lugar para ti. Cristiano Rolemberg Carozzi Aguiar 21/01/2004