26 de dez. de 2003

Se a vida fosse um filme ela seria... #8 Um homem de família. Passou ontem na Globo, mas eu assisti há algum tempo atrás. Nicolas Cage é du caralho, com certeza um dos melhores atores de nossa geração, e o mais legal é que o cara é sobrinho do Copolla e não se aproveita disso. Esse filme é maravilhoso, aborda um tema que todo mundo pensa a toda hora; se eu tivesse agido de outra forma em determinada situação, como teria ficado minha vida hoje? O engraçado é que acabaremos caindo no que comentei em 24/12/2003 sobre ter ou não ter dinheiro; e o filme mostra bem isso, o cara é um executivo muito bem sucedido que largou a namorada quando ainda eram jovens para ir estudar com planos de voltar para se casarem. Só que ele começou a trabalhar e ficou onde estava mesmo. Bom, como faz um tempo que eu assisti eu não lembro ao certo como aconteceu, só lembro que de alguma forma num lance meio conto de fadas ele começa a viver como se não tivesse ido embora para estudar e começa a ter uma vida extremamente simples com a mulher que ele amava e vivia se perguntando como teria sido se houvessem se casado, com filhos em uma casa simples e sem a ostentação que ele tem em sua vida real. Quando assisti pela primeira vez já fiquei meio balançado em trocar a vida luxuosa pela vida simples e apaixonada que ele teria se tivesse ficado, depois que fui a São José do Rio Pardo eu vi que trocaria fácil o luxo pela simplicidade. O personagem vê que não é preciso ter dinheiro para ser feliz, é preciso sim ter o suficiente para sobreviver mas a felicidade não é ter uma Ferrari ou um Porsche, morar num luxuoso loft em NY e estalar os dedos e ter o que quiser; ele percebe a importância de um riso de criança, de compartilhar os problemas de um casal que se ama e da felicidade que as coisas simples podem proporcionar quando se presta atenção nelas. A vida é isso! Quando começamos a valorizar as pequenas coisas que nos acontecem, vemos que nossa vida inicia um processo de otimismo, de estar bem quando a adversidade resolve interferir e analisar as ações antes de entrar em desespero, vemos que com um problema nós podemos achar solução para outro e principalmente, começamos a valorizar as pessoas que amamos simplesmente por estar com elas e ganhar um sorriso, um cafuné ou um abraço; a vida fica mais gostosa e menos consumidora de você mesmo. Em vão Tudo o que sinto É que realmente não sinto Não sei sentir Não sei dizer o que é Tudo o que sei É não sei amar Não quero amar Não para me machucar O que eu fiz comigo? Vivo em uma realidade irreal Não sei se sou... O que realmente pensa que sou? Não sei se é dor ou prazer Se devo esperar ou fazer Ter-me ou esconder-me Mas o que fazer? Só agora percebo Circulo, ando demais... Mas do que estou atrás? Volto sempre ao nada No meu mundo O nada é tudo O nada é saber O nada é viver O nada é entender Que nesse círculo nada vou ter Mas o que procuro? Para que viver a se esconder? Será o nada um poder? Ou quem sabe um refúgio para viver... Viver paralelamente a realidade De minha mente... insanidade Já sei o que devo procurar Devo tentar me encontrar Não quero mais fugir de mim Não suporto mais viver assim Cristiano Rolemberg Carozzi Aguiar 1998

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