12 de dez. de 2007

Qual vida quero seguir? O que a vida espera de você? O que você espera da sua vida? Não sei o que ela espera de mim, mas sei que não espero nada dela, afinal quem a faz sou eu. Como já diz aquela propaganda de uma rede de supermercados. "o que te faz feliz?" Acordei ainda há pouco, depois de uma soneca pós caminhada pensando no quanto perco meu tempo ficando stressado com as coisas que não me fazem feliz, aquelas que incomodam demais por simplesmente ferir nosso ego; e aí brigamos com tudo e com todos. E isso resolve? Não, pelo contrário, só te faz perder tempo até que consiga se acalmar e pensar com coerência para tomar uma atitude digna e que não fira a você e nem a ninguém. Aí podemos partir para o que é certo ou errado. O que é certo e o que é errado? Pelo espiritualismo, espiritismo e pelas doutrinas que veneram nossa alma e dão ênfase à magia dos elementos o certo e o errado não existem; o importante é você fazer bem a si mesmo, de forma que sua alma se alimente de coisas boas e se eleve. E isso significa que você deve fazer as coisas que você tem vontade, desde que isso não prejudique seu corpo, e muito menos sua alma. Porém vale lembrar que vivemos em sociedade, e o que nos faz bem pode, de repente ferir um outro sem que você perceba. Então como acertar? Há algum tempo tenho ensado sobre o meio termo, que de repente o meio termo é segredo do bem estar. Parece fácil para uns, medíocre para outros, e impossível para muitos. Depois fui saber que o budismo prega algo parecido, mas para variar não me informei mais sobre isso. Cheguei nessa conclusão porque já tive uma vida de desperdícios, com gastos desenecessários com coisas desnecessárias, inclusive de tempo; mas também já tive uma vida onde era difícil fumar ou até mesmo fazer as três refeições do dia. Ou seja, conheci os extremos. Enfim, isso nos leva à outros caminhos, como por exemplo: Quais problemas reais você tem? E quais você criou? Tenho percebido que a cruz que carregamos, somos nós que escolhemos, e não Deus que acredita que conseguiremos ou não carregar. Filosófico, religioso? Não sei. Li hoje de manhã que: "A mulher que tenta definir o homem perde o encanto por ele, e o homem que tentar entender a mulher se tornará estúpido." Sempre acreditei que é impossível entender as mulheres, sendo assim tente se entender para ter um bom convívio com elas. A vida é a mesma coisa; não tente entedê-la, viva-a simplesmente. Não de forma que pareça estar aqui de passagem, afinal a única coisa que levará dela é o que absorver em seu trajeto. Portanto escolha a vida que quer levar, a que te faz mais feliz, mas haja para conseguir viver da forma que escolheu e não espere que os outros te ajudem a conseguir alcançar o que você deseja, afinal as pessoas estão ocupadas em buscar o que as faz feliz. Não espere que um namorado, ou namorada seja responsável pela sua felicidade; nem um bom emprego, ou o carro dos seus sonhos, quem sabe salvar os animais quando todo mundo virar vegetariano, ou então a paz mundial. Não espere, faça a sua parte. E qual é a sua parte? Viver.

27 de nov. de 2007

Desabafo Tô de saco cheio de pessoas. De saco cheio de gente que não tem problemas de verdade e fica dificultando tudo... De saco cheio de mesquinharias por coisas que poderiam nem existir... De saco cheio de gente que tem saúde e pensa que os únicos problemas da humanidade giram em torno de dinheiro... Mas na verdade hoje eu queria ter dinheiro, assim pegaria as pessoas que me fazem feliz e mudaria de mundo... Faria um mundo nosso sem estas picuinhas malditas, que a todo momento insistem em estragar meus dias, ou minhas noites... Tô de saco cheio de dualidades, histórias mal contadas e de, porque se eram 3, a partir de agora são 4? Caralho!!! Cadê o bom senso das pessoas? Cada um tem sua vida, que cada um cuide dela, por favor!!! Eu já não aguento ouvir gente falando da vida dos outros comigo, não aguento mais gente palpitando na minha vida!!! A única coisa que ainda tenho hoje, é a minha vida cassete! Não quero a sua opinião, nem a de ninguém. Se não palpito na vida de ninguém, porque querem palpitar na minha? Se não me interessa o que você quer fazer da sua vida, porque você tem que se interessar pelo que acontecerá com a minha!!! Porra, mas que merda!!! Fulano fez isso... Fulano fez aquilo... FODA-SE!!! Quem sofrerá as consequências é o fulano, e não eu!!! Agora se você depende das atitudes de fulano para mudar de vida, senta e espera. Ninguém tem obrigação nenhuma de fazer nada por você!!! NINGUÉM!!! NINGUÉM!!! NINGUÉM!!! Se alguém faz algo por você, é pelo simples fato de querer fazer. Se você faz algo para alguém, por favor não espere nada em troca. Isso parece injusto? Não, não parece, é!!! Você faz porque quer, se fizer esperando algo em troca, por favor não faça!!! Você quer ter seu espaço, limite-o!!! Você quer ser respeitado, se respeite e aos demais idem!!! Quer que os outros te amem, ou te admirem; então primeiramente se ame e se admire!!! Você não tem obrigação de fazer nada por ningué, e ninguém tem a obrigação de fazer nada por você!!! PUTA QUE PARIU!!! Que merda virou isso aqui!!! Cansei... Cansei... Cansei... Não quero mais nada disso, quero simplesmente minha vida. Será que estou pedindo demais?

28 de out. de 2007

10 + 10 + 10 No ano em que completei 30 anos renasci em muitos sentidos. Analisando friamente as duas décadas anteriores, eu percebo que sempre levei uma vida vazia e sem muitos objetivos; um estilo de vida que não me transformou em alguém admirável, e nem mesmo em um homem bem sucedido e digno de exemplo a ser seguido. Me tornei mais um conselheiro por ter aprendido com meus erros, do que uma referência em atitudes a serem tomadas. Dos 20 aos 30 namorei seis anos, fiquei noivo duas vezes e deixei de ser filho para me tornar pai. Neste ano a Sofia completou 8 anos. Dos 28 aos 30 resolvi que teria que reaprender tudo, adotando uma postura até simplista demais quando resolvi abandonar todos os meus pré-conceitos, e abdicar de meus desejos. Mudei quando decidi que vim aqui para aprender, e não para ensinar como achava ser capaz de fazer até então. Além dos tropeços e trancos da vida, tive alguns professores que vale a pena citar. A Sofia me ensina cada dia mais que já não sou mais criança, e que as consequências de meus atos não têm mais tempo para serem solucionadas pelos outros, ou simplesmente esquecidas. A Juliana me ensinou que o amanhã não tem importância se nós esquecermos de viver o hoje. O Beto me mostrou que não precisamos de muito para viver, apenas nós e as necessidades básicas. A Simone me mostrou que podemos ser responsáveis sem sermos chatos.E assim podemos nos divertir sem abandonar as rnossas esponsabilidades. A Tatzi me ensinou e ensina, que podemos ser crianças mesmo sendo adultos, que muitas vezes procuramos e não encontramos as coisas pelo simples fato de sabermos o que procurávamos. Que caminhar na mesma direção e lado-a-lado é possível, mesmo quando estamos distantes. Em cada atitude minha e das pessoas que me cercam, eu aprendo um pouco mais. Está certo que ainda falta muito para eu me tornar o que pretendo me tornar. Mas aparentemente estou finalmente seguindo o caminho certo, dando um passo de cada vez e tentando a cada dia que passa me melhorar. Sei que só assim conseguirei melhorar o meu entorno, sendo uma pessoa melhor para mim e para os que me cercam. Com 30 anos tenho um pouco mais de experiência do que com 20, com certeza uma experiência bem diferente do que quando tinha 10; mas já não tenho mais tanto tempo.

24 de out. de 2007

10 + 10 + 10 Aí já fica mais fácil de lembrar... Em 1996 completaria 20 anos com muita diferença em relação aos primeiros 10 anos de vida. Neste ano já tinha algumas histórias para contar, clao que em muitas delas seria difícil ter orgulho, mas em momento algum me arrependeo de tê-las vivido. Dois anos antes eu realizei o sonho de tirar carta e ter em mão meu primeiro carro; já havia namorado a Cilene, a Inez , e atualmente namorava a Adriana. Analisando hoje as minhas atitudes eu vejo o quanto era imaturo. Sempre fui um cara de sorte e tive muitas oportunidades, e como diz meu pai, o importante é perceber os erros com tempo de não cometê-los novamente; isso é sinal de amadurecimento. Desperdicei muitas oportunidades, e aos 20 já havia sido até empresário ao lado de minha irmã e minha mãe que há 8 anos já não estava mais casada com meu pai. Era a época do Professor Moriartys, a casa noturna que meu pai se aventurou a abrir. Eu trabalhava na Hobby vídeo, estudava no Costa Braga de manhã e mesmo namorando saía quase todas as noite; inclusive com outras mulheres. Não falei que não poderia me orgulhar de muitas atitudes? Nesta época era frequentador assíduo do Madame Satã, que habitava o mesmo espaço físico só que com o nome de The-The; mas preferia ir ao Espaço Retrô, que levava o mesmo nome ainda, porém num espaço físico diferente. Era a época de sair com o Sérgio e a Fef´s, de calças jeans, calças pretas, calças verdes; com camisetas pretas e o bom e velho coturno herdado do Marcio punk, nosso amigo da rua da casa da praia. Coturno este que me acompanha até hoje, bem como as cores e o estilo de roupa. Era a época do topete estilo "Barrados no Baile", que me forçava a acordar 5min. antes do normal só para moldá-lo com secador e spray Karina. Definitivamente foi a época de minha vida em que tive maior convívio social. Também foi neste ano que a mãe de meu pai, a avó Mercedes, viria a falecer. Em 1996 foram escritos meus primeiros poemas, que eram rebuscados demais e foram responsáveis pelo início dessa prática que insisto em manter. Aliás uma das poucas que trago daquela época. Foi o ano do show do The Cure, que só fui assistir graças a Fef´s que me deu o ingresso, e foi comigo, masi o Evandro assistir. Nossa... Muita coisa aconteceu em 1996. É... Com 20 anos eu sabia muito pouco a mais, do que quando tinha 10 anos.

21 de out. de 2007

10 + 10 + 10 Não me lembro muito bem do meu aniversário de 10 anos, apesar de ter uma boa memória 1986 não está fresco nela. Lembro-me que andava de skate, adorava roupas camufladas, usava tenis Skin-Heads; e claronão podia esquecer disso, foi o ano em que pedi um disco importado do Sigue Sigue Sputnik de amigo secreto, mas no fim ganhei o "The head on the door" do The Cure. Minha amiga secreta era a Lizandra, uma garota que tinha a mesma idade que eu; era alta, esguia, bem branca, cabelos negros e com um sorriso meio tímido. Era descendente de espanhóis e usava óculos. Nesta época minha irmã era dark, e através dela escutei muitas das músicas que escuto até hoje; como "Crushed" do Cocteau Twins, "Just like honey" do Jesus and Mary Chain e "Inspiration" do Section 25. E como ela namorava o Marcelo que era punk, acabei por trazer outras bandas comigo até os dias atuais; como Dead Kennedys, Sex Pistols, Inocentes, Plebe Rude... Posso até estar enganado, mas acho que foi nesse mesmo ano que aconteceu um show um show de aniversário da rádio Jovem Pan, onde tocaram Capital Inicial e Legião Urbana no ginásio do Ibirapuera. Eu estava lá! A memória da gente é algo engraçado. Pôxa, há quanto tempo não lembrava da Lizandra e de tudo isso? Não, a Lizandra não foi uma de minhas paixões... Mas pensando friamente eu acho que o estereótipo das mulheres que eu gosto de iniciou com ela. Neste mesmo ano fiz muitas amizades inesquecíveis, e que nunca mais tive contato. Só para variar... Neste ano também fui ao centro de São Paulo pela primeira vez; meu pai, minha mãe e meus irmãos. Meus pais sempre foram e são apaixonados pelo centro, e com este passeio acompanhado das histórias de meu pai sobre aulas cabuladas, almoço na já fechada Casa California; e por fim nos levar pela primeira vez ao McDonald´s em uma loja que já nem exite mais na rua São Bento, herdei o amor por esta região da cidade. Assim como a Casa California e esta loja do Mc, aquela época não existe mais senão em minha memória. Enfim... Em 1986 completei 10 anos de idade, e só tenho certeza de uma coisa... Eu sabia bem menos do pouco que sei hoje, mas não tinha tantas preocupações e responsabilidades.

2 de set. de 2007

Modern Life Quando Chaplin filmou "Vida moderna" não fazia a menor idéia de como ela realmente seria; acho que quem chegou mais perto foi George Orwell com seu "1984", está certo que com um atraso de aproximadamente 20 anos. Há muito tempo atrás, quando ainda era apenas mais um dos muitos office-boys que figuravam nas ruas, escutei um cobrador falando "...hoje para morrer, basta estar vivo", mal sabia ele o que se tornaria a megalópole que tanto amo; provavelmente o cobrador não era paulistano, e o corpo que estava estirado na avenida São João... Podia ser qualquer um. Por que tudo isso? Após o 17º assalto sem reação de minha parte, vejo que realmente em lugar algum de SP estamos seguros. Outro fato interessante a ser levantado, é quanto a hora de cada um; será que realmente existe sua hora, ou será que um belo dia alguém diz "Precisamos diminuir o peso na Terra, vamos tirar mais uns lá de baixo"? Digo isso porque no mesmo dia que fui assaltado, ocorria no Rio de Janeiro um assalto muito semelhante, só que com uma pequena diferença. A vítima era uma garota que se negou a entregar a mochila e foi baleada. Enfim, perdas a parte mais uma vez saí ileso. Mentira! Em nenhum assalto levam somente seus bens materiais, você passa dias sentindo falta de sabe-se lá o que, e é isso que te faz mais falta, o algo indecifrável que você acaba sentindo falta. Desta vez apesar de perder este algo indecifrável, eu tive a sorte de encontrar algumas pessoas de alma caridosa que encontraram meus documentos e cartões jogados na Joaquim Floriano. A eles só tenho a agradecer. Mas ainda faltou algo além do indecifrável, roubaram o caderno que me acompanhava para não deixar as inspirações escaparem quando apareciam. Mais do que o indecifrável, com certeza esta foi a maior perda; e o irônico que dentre os muitos textos e poemas não digitados havia um específico que falava justamente sobre perder. Era algo mais ou menos como "Tenho tido medo de ganhar, porque sei que posso perder...". Irônico não? Com a perda do celular, perdi todos meus telefones de contato e aproveitei o advento do Orkut para solicitar aos amigos que lá se encontram; recebi muitas respostas com os números, alguns ainda não responderam e houve uma resposta em particular que até me inspirou a escrever este post. Veio de uma amiga que não tenho muito contato por falta de oportunidade, e que além de ser uma mulher linda e inteligente, escreve muito bem. A frase é de autoria da Andréia Werlich de Florianópolis e diz exatamente isso: "Que pena que te furtaram os versos... Mas jamais a inspiração!!!" E cá está ela.
Cristiano Rolemberg Carozzi Aguiar
02/09/2007
Do filme 21 Gramas Quantas vidas vivemos? Quantas vezes morremos? Dizem que no momento exato de nossa morte perdemos 21 gramas. Quando perdemos 21 gramas? O quanto vai junto com eles? O quanto se perde? O quanto se ganha? 21 gramas, o peso de uma pilha de cinco moedas, de uma barra de chocolate... Quanto pesam 21 gramas?

14 de jul. de 2007

Vamos matar alguém ao estilo Lullaby Perambulava sempre sem destino pelas ruas do centro de São Paulo, sempre passando pelos mesmos lugares, os mesmos onde se sentia seguro. Volta e meia estendia um pouco suas voltas por lugares mais ermos do que os habituais, passava pela Ladeira da Memória, biblioteca Mario de Andrade; e as vezes até atravessava a Praça da República para passar em frente aos inferninhos da rua Aurora. As vezes ia acompanhado, mas na maioria delas estava só. Certa vez passava pela rua Major Sertório quando lhe pediram um cigarro, sacou o maço de Lucky Strike do bolso e estendeu sua mão num gesto generoso; o travesti até tentou puxar conversa, mas nunca conversava com ninguém durante suas caminhadas solitárias. De vez em quando ficava sentado quase invisível na escadaria do banco em frente ao edifício Copan observando o vai e vem de carros e pessoas na entrada da movimentada casa noturna que só abria lá pelas 04h da manhã. Observava atentamente os adeptos do estilo de vida “basta escolher, basta pagar”; e balançava negativamente a cabeça num gesto hipócrita como se nunca tivesse feito aquilo. Durante muito tempo estas voltas satisfaziam sua vontade de sair de casa, mas aos poucos as mesmas foram perdendo o sentido, bem como os pensamentos que povoavam sua mente durante as mesmas. Com as dificuldades financeiras que enfrentava, queria de alguma forma ajudar as pessoas necessitadas com quem cruzava nas noites, que por muitas vezes durante o ano eram frias. Sem dinheiro mas cheio de boas intenções como só o inferno é, resolveu aniquilar o sofrimento das pessoas do modo que achava mais justo. Estudou durante semanas um jeito de sua ajuda não ser descoberta, até encontrar o modus operandi perfeito. Conseguiu uns calmantes com as vizinhas de sua mãe, alegando stress no trabalho, e todas as noites os dissolvia em uma garrafa térmica cheia de chá. Colocava sua mochila nas costas para transportar a garrafa térmica e os copos descartáveis e saía para sua caminhada. Estava passando pela rua XV de Novembro quando encontrou o primeiro mendigo ao qual ofereceria a ajuda. Conversou um pouco com o homem que aparentava cerca de cinqüenta anos e serviu o chá ainda quente. Enquanto o mendigo se ajeitava sobre os papelões e se cobria, o rapaz cantava uma velha canção de ninar que escutava ao som da voz de sua mãe quando era criança; e quando finalmente percebeu que o homem havia adormecido mudou a canção e a entonação doce da voz para Sweet Dreams na tosca versão de Marilyn Manson enquanto quebrava o pescoço do homem. Já faz alguns anos que pratica este ritual sádico que tem a coragem de chamar de ajuda aos necessitados, e os jornais insistem em dizer que os moradores de rua têem morrido pelas baixas temperaturas do inverno paulistano. Mais um trago Desejo de fazer tudo ao mesmo tempo Vontade de fazer nada Sentir-se aprisionado Solidão exarcebada. O mundo as vezes nos aprisiona em nossa solidão deixando-nos presos a nossos espelhos, fugimos a cada noite, a cada dia, mas quando voltamos a solidão nos alucina. Saudade só existe em português e faz o tempo parar. Amigos, bebidas, cigarro (hummm, mais um trago)... balada, gente, dança e movimento. Melhor ir para casa e dormir escutando um Cocteau Twins. Encarar-se é difícil.
Cristiano Rolemberg Carozzi Aguiar
16/03/2005

23 de mai. de 2007

O mundo perfeito! Qual seu mundo perfeito? Muito se vê nos filmes de ficção científica, mas pouco sabe-se realmente de como seria um mundo perfeito. Vê-se nesses filmes que as pessoas possuem um padrão de vida razoável, parecendo até um comunismo meio liberal; ou seja, todos possuem mais ou menos as mesmas coisas, mas tem liberdade para ter o que quiser. Aparentemente o governo tem controle total de tudo, e todas as pessoas são mais ou menos como nós brasileiros... Acomodados. E de repente, no filme, sempre aparece uma ou mais pessoas que questionam esse perfeccionismo do mundo, do controle exercido pelo governante soberano. Aí que eu pergunto, se tudo é tão perfeito, porque tem gente que questiona? Quer coisa mais normal que isso? Pode realmente ser um mundo perfeito. Pode sim, mas não para todos. O meu mundo perfeito é diferente do seu, e o seu diferente dos outros que te cercam; alguns podem até ser muito parecidos, mas jamais serão perfeitos o suficiente para você porque não foi você que o criou. E quando você o criar, ele não será o mundo perfeito de outras tantas pessoas que idealizaram um mundo perfeito ao modo delas. Então qual é a definição de mundo perfeito? Um mundo sem guerra, sem violência, sem miséria, sem fome, sem discriminação, sem corrupção...? Poderia até ser, mas isso só seria possível no dia em que o homem voltasse à estaca zero e mudasse todos os seus valores, e mesmo assim ainda não seria perfeito para todos. Deus errou uma vez. Errou a partir do momento que deu aos seus filhos tudo aquilo que ele julgava bom eles terem. E nós, como bons filhos que recebem tudo de graça não soubemos valorizar. Se somos todos irmãos não há nada de errado em brigarmos, em discutirmos e principalmente em acreditar e pensar diferente uns dos outros. Bem vindos à grande família! Quer um mundo perfeito para você? Crie-o, acredite no seu mundo perfeito; mas lembre-se que o seu mundo não inclui outras pessoas no bom, e no mau sentido. Pondere-se ao seu mundo de forma que não precise prejudicar niguém para tê-lo. Você consegue? Qual seu mundo perfeito? Depreciação Eu vejo a degradação humana Ela está nos olhos de cada um que vejo passar As lágrimas trancadas os entregam Olhares adultos com jeito inocente... Perdidos Olhos sem vida, não enxergam mais o belo A beleza está no material Mudaram-se os valores Viva o descartável Até a inocência das crianças se perdeu Virou pó ao vento que acelera o tempo Aquele que insiste em voar cada dia mais Deixando para trás quem insiste em fantasiar Mundos cor de rosa, azuis, pretos... Cada um com sua máscara de vaidades Escondendo suas vidas, descartáveis, vazios Posses, lucro... Consumismo ilimitado Valor é o quanto custa O sorriso descartável vale mais Mais vale ser comprado e dominado pela matéria Quanto tempo seu celular te acrescenta de vida? Compensações inúteis descompensam... Você já não vale o que é, vale o que tem Mais do que nunca virou obsoleto O que você sabe não interessa se não tiver nada O que você tem para oferecer? Seu conhecimento? Sua experiência? O que eu ganharei com isso? Nem sua alma de nada vale, não é último modelo.
Cristiano Rolemberg Carozzi Aguiar
01/2007

29 de abr. de 2007

Se não fosse assim... Seria diferente! Ahhhh... As paixões!!! Estava pensando sobre elas essa semana, e o engraçado é que desta vez não foi um pensamento vago e sem sentido. Descobri esta semana que eu estou apaixonado! Até aí nenhuma novidade para quem me conhece bem, afinal sempre me apaixono, algo como a cada semana ou a cada mês uma nova paixão; quer dizer, seria normal se isso não acontecesse nesta atual fase em que decidi abdicar dos desejos e dos planejamentos futuros. Deixar os sonhos para atrás? Não, de forma alguma, afinal o que é a vida sem os sonhos; ainda mais para um sonhador como eu! Mas o que é uma paixão? Uma paixão é algo que te faz bem, te deixa feliz e sorridente, é aquela coisa boa que alguns definem como "borboletas no estômago"! Qual seria a sua paixão, há uma regra sobre paixões que diga que ela deve ocorrer por alguém ou alguma coisa? Acredito eu que não. Eu descobri que finalmente estou apaixonado por mim, pela minha vida. Apesar dos pesares ela é apaixonante e tem me mostrado que mesmo com 30 anos e sem conseguir fazer "nada" para desfrutar de momentos capitalistas de prazer, ela é muito prazerosa. Eu descobri que como toda paixão tem horas que nos sentimos inseguros em mantê-la, e que há horas que podemos perder o controle querendo desistir de levá-la adiante. Mas o que seria de uma paixão sem os momentos turbulentos? A maioria das pessoas difere paixão de amor pelo simples fato de uma ser intensa e o outro ser incondicional e linear. Porém os dois unidos podem te deixar em um êxtase inigualável, é uma daquelas sensações inexplicáveis em que você se sente tão bem que não percebe que é feliz a qualquer momento, e não só quando consegue algo que desejava. Viva o animal mais irracional do mundo! O ser humano! Esta raça burra não percebe isso nunca, e faz com que a vida seja alimentada por momentos de felicidade sentidos a cada nova conquista. Você já viu alguém dizer que é feliz? Escuta-se muito pouco isso por aí; mas dizerem que se conseguissem isso ou aquilo os faria mais feliz é a coisa mais comum de se escutar. Nossa felicidade está condicionada a nós mesmos, a aceitarmos o que temos e da forma que temos. Isso seria comodismo, ou fuga da sua incapacidade de conseguir as coisas? Claro que não! Te garanto que você sofrerá muito menos se não ficar pensando em como seria bom morar em uma cobertura em um bairro nobre de qualquer lugar do mundo. Planeje sua vida sim, mas procure primeiro construir uma base sólida para se apoiar caso seus planos não dêem certo porque a decepção é mais avassaladora que a paixão; tão mais que é capaz de destruí-la. Quer se dar bem na vida? Apaixone-se antes de tudo por você! Se eu sou rico e bem sucedido? Não, para mim isso não é sinal de estar bem de vida. Para mim quem tem dinheiro tem a facilidade de realizar os desejos que o dinheiro pode pagar; mas não que seja uma pessoa bem de vida. Você acha que eu não gostaria de poder ir a qualquer lugar almoçar hoje, ou de ter ido buscar minha filha neste fim de semana para levá-la à algum lugar que ela fosse se divertir? Eu amaria poder fazer isso, e só com dinheiro poderia fazê-lo, mas minha realidade hoje é outra. É a realidade de quem aprendeu a aceitar que muitos zeros depois do ponto em seu extrato bancário não te fará ter a pessoa que você ama ao seu lado, não te fará descobrir que se um dia você não os tiver mais, seus amigos de verdade prevalecerão ao seu lado. A vida não é injusta, é só você que não se apaixonou pela coisa certa. E se não fosse assim, a única certeza que tenho é que... ...Seria diferente.

29 de mar. de 2007

Pago o dobro! Definitivamente o desejo é o maior inimigo da humanidade. Cada vez mais fico estarrecido com o que as pessoas podem fazer para conseguir ter luxo, conforto e poder. Sendo assim resolvi me movimentar e gritar... ...Pago o dobro! Pago o dobro do valor que ia ser roubado pelos assaltantes da agência Moema de um dos maiores bancos brasileiros, que na tentativa de arrecadar dinheiro para comprar armas, drogas, carros, casas, putas; e o que mais o dinheiro pudesse comprar deixaram uma garota paraplégica num ponto de ônibus, e de quebra colaboraram para que outro cidadão que trabalha e paga impostos tivesse sua perna amputada. Justifica? O que você quer que ainda não conseguiu? Aquela Mercedes que o figurão passeia com sua família sem se quer trocar uma palavra com os passageiros, ou quando fala alguma coisa é para discutir investimentos e qual seria o presente melhor para agradar um dos componentes da rica e infeliz família? Infeliz... Isso mesmo, infeliz família que não tem valores como companhia, confidência, afeto e alegria ao sentar-se na mesa compartilhando os bifes de contra filé contados, e comprados com o pouco dinheiro que deu para comprar uma carne no mês. Qual a sua escolha, reclamar porque hoje a cozinheira não fez seu prato predileto, ou rir do dia terrível que você teve porque seu chefe estava puto porque a cozinheira não fez seu prato predileto? Agora pago o dobro do valor de um Corsa sedan (ou Classic) para os ladrões de galinha cariocas que arrastaram uma criança de seis anos por quilómetros, criarem um filho até os seis anos e depois de todo carinho e dinheiro gasto para dar uma boa educação; amarrarem seu filho em um carro e o arrastarem também. É isso que vale uma vida? Tá bom, não sabemos o valor dela até que percamos alguém que amamos. Mas e estas pessoas que atiram para qualquer lugar por não estarem satisfeitas com sua atual situação? Que direito têm de fazer isso? O que as diferencia de outros cidadãos comuns que trabalham para conseguir aos poucos ter uma vida um pouco menos ordinária? O que lhes dá o direito de tirar vidas para ter conforto? "- Mas ninguém teria morrido se não houvesse reação." Claro que não, mas mais uma vez ficaríamos estáticos assistindo a barbáries que fazem crianças como minha filha de oito anos dizerem: "...Papai, não sai na rua aí em São Paulo porque os ladrões estão malvados." É esse o mundo que queremos viver? Imparciais a acontecimentos e continuando a reclamar sem fazer nada para mudar? Pago o dobro para quem quiser fazer algo para mudar!

28 de jan. de 2007

Até Quando?

Aquele senhor nascido em 1947 mais uma vez estava certo,devíamos ter a experiência e sabedoria de 40 aos 20 anos; aí quem sabe aproveitaríamos melhor nosso tempo. Hoje fiquei encucado com isso e estava me questionando... “Como seria se a vida fosse ao contrário?” Imaginem como seria ter a mesma ordem cronológica e ao invés de adquirirmos com o tempo, fôssemos perdendo. Nasceríamos sabendo de tudo que saberemos quando morrermos na ordem atual; teríamos o dinheiro que conseguiríamos acumular ao longo de toda nossa vida; e com o tempo iríamos usufruindo tudo isso para chegarmos aos 50, 60 ou 70 anos como uma criança de 3 ou 4 anos... Totalmente puros e ingênuos. Acho que saberíamos aproveitar melhor nosso tempo, nossas oportunidades, amores... Quem sabe o mundo não teria tanta maldade e desigualdade? Afinal a maldade é algo iminente do ser humana, a bondade ele aprende ou não com o tempo. Se todos já nascêssemos com um nível parecido de intelecto, dinheiro e bondade; acho que teríamos um mundo quase perfeito sem uns quererem aproveitar tanto dos outros; teríamos menos desigualdade; enfim, acho que pensaríamos mais em fazer nossa parte e veríamos o mundo com outros olhos, apreciando as coisas ao nosso redor sem medo de sermos assaltados, sem destruir tanta coisa. Sei lá, encanei nisso.

Desejos

Quando criança eu queria ser adulto Ser como meu pai sempre fora aos meus olhos Um grande homem, um homem grande... Fruto de toda a pureza que só as crianças têm

Adolescente queria ser um pouco mais velho Sonhava com a liberdade fantasiosa da maioridade Ainda tinha a desculpa da pouca idade para os erros Jamais pensava nas conseqüências futuras

Aos vinte e um passei de filho a pai Fruto de não pensar na conseqüência dos atos E mais ainda quis ser como meu pai Um grande homem, um homem já não tão grande...

Comecei a desejar o conhecimento E o adquiri em todos os pontos de minha vida Vejo que sei pouco mais do que quando era criança Vejo que meu pai era um homem grande por eu ser uma criança pequena

Hoje penso no que ainda posso fazer Em quanto tempo me resta... Quantos desejos quero realizar? Quantos realmente conseguirei?

No dia em que morrer quero uma festa! Uma reunião com todos que me cercaram Todos aqueles que não encheram minhas festas de aniversário Quero realizar meu desejo de criança... Uma festa cheia só para mim

Quero que se despeçam de mim Quero que ouçam minhas músicas Riam das trapalhadas que fiz E digam que vivi, de forma correta ou não... Vivi!

Cristiano Rolemberg Carozzi Aguiar 18/10/2006

3 de jan. de 2007

De novo Ano novo... E assim começa o novo ano... Engraçado que este antes do outro terminar eu escutei falar muito que esta história de ano novo era besteira; e se pensar bem é. Mas tem seus pontos positivos. Quer um exemplo? Imagine se o tempo fosse corrido e não recebesse os devidos nomes dos meses, e ainda não houvesse um tempo estipulado de duração. Como iríamos marcar um compromisso para o mês posterior, seria algo do tipo: "Daqui trinta e cinco dias farei uma festa e quero que você esteja lá." Ou então no caso de um financiamento de sessenta meses: "Você tem sessenta parcelas para pagar, é uma a cada trinta dias pelos próximos 1825 dias." E pior, digamos que os dias não tivessem sido enumerados de trinta em trinta para formar um mês: "Estamos no dia 732.193 d.C." E o mais interessante e que mostra que o ser humano, apesar de dotado de inteligência ainda é burro, é o fato de que apesar de ser a mesma coisa no ano seguinte ele ainda acredita que os próximos doze meses, ou 365 dias as coisas serão diferentes. Que elas serão diferentes é incontestável, mas ninguém garante que serão melhores ou piores. Quem criou estes termos e convenções deve ter pensado na esperança humana, deve ter sido algum filósofo sofista que prometia que a cada mudança de ciclo, ou cada doze luas cheias as coisas mudavam. Ainda assim não concorda em dizer que o ano novo é novo? Então faça o seguinte, imagine que estes doze meses ou 365 dias são algo que você gosta muito de fazer. Por exemplo: Se gosta de ler, imagine que é um livro; se gosta de escrever, imagine um caderno; se gosta de carros, um tanque de combustível... Se é um livro imagine que quando acabou o ano, o livro acabou e tudo o que você pode absorver dele você aproveita. Se é um caderno, você escreveu tanto que acabaram-se as folhas com tudo que você passou naquele período e relatou naquelas folhas. Se é um carro, acabou o combustível e você o está reabastecendo para a próxima viagem. Enfim, se não está de acordo com o tempo que alguém determinou crie o seu próprio da forma que melhor lhe agradar; mas nunca se esqueça de se fortalecer ao término de cada período para iniciar um novo revigorado. Desejos Quando criança eu queria ser adulto Ser como meu pai sempre pôra aos meus olhos Um grande homem, um homem grande... Fruto de toda pureza que só as crianças têm Adolescente queria ser um pouco mais velho Sonhava com a liberdade fantasiosa da maioridade Ainda tinha a desculpa da pouca idade para os erros Jamais pensava nas consequências futuras Aos vinte e um passei de filho a pai Fruto de não pensar na consequência dos atos E mais ainda quis ser como meu pai Um grande homem, um homem já não tão grande Comecei a desejar conhecimento E o adquiri em todos os pontos de minha vida Vejo hoje que sei pouco mais do que quando criança Vejo que meu pai era um homem grande por eu ser uma criança pequena Hoje penso no que ainda posso fazer Em quanto tempo me resta Quantos desejos quero realizar Quantos realmente conseguirei No dia em que morrer quero uma festa Uma reunião com todos que me cercaram Todos aqueles que não encheram minhas festas de aniversário Quero realizar meu desejo de criança... Uma festa cheia só para mim Quero que se despeçam de mim Quero que ouçam minhas músicas Riam das trapalhadas que fiz E digam que vivi, de forma correta ou não... Vivi.
Cristiano Rolemberg Carozzi Aguiar
18/10/2006