6 de nov. de 2003
Solitaire
Vago sem destino
Caminho sem um propósito
Importo-me com o nada
Deixo o luar me guiar
Mais uma noite fútil
Mais um luar distante de todos
Mais uma vez me poluo
Distraindo o tempo
As horas passam sem sentido
O tempo pára e te deixa passar
Seus olhos ditam o ritmo
Me hipnotizam com seu feitiço
Oh solidão, que aterroriza...
Amedronta a vontade de aventurar-me
Deixa-me confuso
Mostra-me a mim mesmo
O dia está chuvoso, cinzento!
Esconde o azul do céu
E de forma avassaladora
Aflige meus sentidos
Queria estar longe neste momento
Queria estar comigo agora
Queria ver-te sorrir, queria ver-me dançar...
Deixar o tempo passar
A independência me vigia
A solidão me arrepia, me ensina...
Mas por que tê-la ao meu lado?
Quando só me importo comigo?
Oh solidão, sinto-a em vão?
Ou vens para me ensinar?
A me desvencilhar
A só estar.
Cristiano Rolemberg Carozzi Aguiar
27/10/2003
Esta poesia foi escrita pensando na individualidade quando tentamos
nos relacionar com os demais, individualidade que jamais devemos
deixar de lado. Antes de nos relacionar com um outro alguém temos
que aprender a nos relacionar conosco, a nos aceitar e nos entender.
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