24 de nov. de 2003

Análise das pessoas de um ponto de vista muito particular #7 Ai, Ai... Fim de semana é sempre uma surpresa. Sexta a noite em casa, vegetando, olhando para as moscas... de repente minha irmã me liga: - Cris ? - Sim... - Vamos sair ? - Para onde ? - Num sei... (adoro isso). Resumindo, fomos ao Central das Artes que fica em Perdizes e é muito legal, tem uma puta vista do Sumaré e é uma casa estilo anos 50 com iluminação baixa, boa música, cerveja Erdinger e neste dia a boa compania da Simone (espetáculo), Ana (linda) e Luiz (amigo de minha irmã); tudo como manda uma boa saída, mas... ...a diferença de idade e de jeito de cada um as vezes cria certas barreiras e situações onde alguém acaba ficando embaraçado (eu no caso). Cada um tem um jeito de agir, de pensar, de se expressar; e tem gente que fala mais, tem gente que fala pouco e tem gente que não fala, só observa (eu); há também aqueles que falam na hora errada, e é engraçado principalmente quando essas pessoas vão falar de alguém que está próximo e resolve falar baixinho, só que neste momento... o lugar todo entra em um silêncio súbito que coloca você a questionar se o assunto escutou o que foi falado sobre ele. E eu com cara de paisagem... hehehe. Depois do embaraço fomos ao Trianon para a mulherada ver os michês, Augusta para purificar a mente do lugar anterior e... para casa. Sabadão teve churrasco do Eliseu e mais observações onde podemos analisar o ser humano no ápice do "vamos ver no que vai dar". Cerveja, caipirinha de vodka, de steinhager (?) e até de vinho; e vinho puro... já imagina ? Os mais moderados e acostumados a beber mantiveram a pose, mas tem sempre alguém que exagera. E eu como sempre a observar as atitudes, pessoas carentes, pré-potentes, frescas, inseguras, distantes, moderadas, sem noção, chatas por opção, interessantes, inteligentes, cultas, poliglotas e mais um monte de adjetivos que eu ficaria horas escrevendo. Uma verdadeira reunião de seres deiferentes que se relacionam em prol da cultura, da música, do churrasco e do alcóol; e o mais engraçado é que todos se entendem à sua maneira. O desfecho de tudo isso, pelo menos para mim foi espetacular. Este poema é outro dos classificados como um dos mais bonitos. Eloise Agora dormirei com minhas lágrimas Imaginando onde você está Com minha loucura Em por ti me importar Para muitos parece irreal Se importar com alguém, com uma imagem? Mas enxergo além Atravesso a sua armadura Sua fragilidade me sensibiliza Sua carapaça enfeitiça os insensíveis Sinto-te através de seus olhos Tire sua máscara para melhor te ver Apesar de tantos disfarces Enxergo seu coração Amargurado, machucado... Sensível à insensibilidade de falsas promessas É bom te abraçar, senti-la perto! Sentir que posso protege-la Mas não é isso que queres Queres mostrar que sua armadura a protege Deixe-me chegar onde nunca ninguém esteve Deixe-me mostrar como é forte a sua sensibilidade Deixe-me encontrar o que nunca ninguém procurou Deixe-me alcançar seu coração. Cristiano Rolemberg Carozzi Aguiar 03/11/2003

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