28 de mar. de 2005

Do Prazer à Dor #4 Ratatá!!! Esquenta o prato... Abre o pacote e despeja. Cartão telefônico, bate para lá... tráz para cá. Estica, enrola uma nota de R$ 1, a espingarda... Ratatá... Ratatá... até ligar! Sede, olhos estricnados, agito, agito... Sem parar! Ligadaço no menor movimento, tudo que imperceptível eu percebo... olho para um lado e para o outro. Maxilar que não pára, vontade de morder... Ratatá... Ratatá... velocidade, voracidade... Ratatá... Ratatá... até o nariz sangrar! Bebe, bebe, sem limites, sem parar... Formigamento, desespero, felicidade... ansiedade. Mãos inquitas, falso alívio imediato, falsa paz... Imediatismo, sem censura, inconsciência, inconsequência, disritmia, arritmia... pulso, pulso. Vôos desconexos, necessidade de me acelerar, o coração saltando pela boca, pulsação explosiva, implosão... Ah... ah... ah... Sei voar, sou super sônico, tenho super poderes... ninguém pode me controlar. Visão além do alcance, sensação de tudo sentir intensamente... demente! Ratatá... Ratatá... Game Over! Sonâmbulo Estou na terra dos sonhos Lugar onde o impossível não existe Onde a realidade é questionada E o amor está sempre presente Minha mente me confunde Parece querer acordar-me Trazer-me de volta à realidade Mas o que isso tem de irreal? Amar é possível, mesmo que complexo... Que seja assim difícil de entender Tão difícil que parece sonho Penso sonhar, assim é mais simples... É difícil aceitar a realidade Mesmo que ela lhe faça bem Lhe traga paz e felicidade Mesmo assim ela dói Que dor insistente! Pare agora, deixe-me curtir... Deixe-me curtir a felicidade deste sonho A realidade deste sentimento! Não me atormente mais Deixe minha mente em paz! Quero a realidade deste sonho Quero acordado com minha vida sonhar. Cristiano Rolemberg Carozzi Aguiar 19/02/2004

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