8 de jul. de 2005

Impotência Acho que essa é a pior sensação que existe, a vontade de tentar ajudar e ao mesmo tempo saber que não se pode fazer nada. Claro que temos que pensar em nós em primeiro lugar, mas quando vemos alguém que amamos sofrrer, a primeira coisa que pensamos é uma forma de ajudar. Ao longe, pelo telefone se escuta um choro. Como ajudar? Você está preso no seu trabalho, não pode sair dali naquele momento, e mesmo que pudesse... não tem como chegar até aquela pessoa. Já passou por isso? É, vira e mexe eu passo por isso; só que tem situações que por mais que você faça, jamais irá ajudar totalmente, o máximo que você fará será minimizar o sofrimento. Acho que essa é a pior sensação de impotência que existe, você de alguma forma querer ajudar e não adiantar nada.Muitas vezes quero ajudar sem saber como, outras quero ajudar sem ter como. Nessas horas, tudo que eu quero é poder estar próximo a pessoa para ao menos colocá-la em meu cólo, deitar sua cabeça em meu ombro e ficar ali parado, só fazendo um cafuné enquanto a pessoa alivia sua dor num choro que parece interminável. É o mínimo que podemos fazer a quem amamos; escutar nem que seja só o choro, o soluçar... aquele pranto de dor ou de saudade, as vezes pode ser também de arrependimento, ou quem sabe somente uma forte melancolia... um saudosismo. Hoje eu saí de casa chorando sem saber a causa, nem tentei descobrí-la, afinal d que adiantaria, dependendo o que fosse eu estaria impotente; as vezes estamos impotentes para resolver nossos próprios problemas. E sabe qual é o nosso maior problema? Nós mesmos. Dor da noite É sempre assim quando acaba Voltar só para casa Não poder ouvir sua voz Saber que a cama estará vazia É sempre assim quando acaba Sair sem você ainda não tem graça Ligar a TV para o tempo passar Pensar o que faria com você ao meu lado É sempre assim quando acaba A noite vazia e perdida A risada sem graça predomina Onde está você agora? É sempre assim quando acaba Mais uma cerveja ou um cigarro Alguns amigos num papo furado A música alta ensurdecida por sua imagem É sempre assim quando acaba O caminho de volta isolado O choro engolido com a mágoa Na face, a aventura de uma lágrima... É sempre assim quando acaba Dias ensolarados viram cinzentos Noite estrelada acobertada por nuvens Nós dois longe por nossos erros Cristiano Rolemberg Carozzi Aguiar 04/04/2004

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