6 de jan. de 2005

Insonia Tá difícil dormir hoje, parece que faltou algo hoje... e faltou mesmo.Estou de volta a SP e estou feliz, mas tem algo me incomodando demais. Desci no Tietê, peguei o metrô até a Luz, fiz baldiação e peguei o trem; tava com saudade do subúrbio, de gente de tudo quanto é jeito, do concreto, das fábricas abandonadas... de São Paulo. Olhos paralizados no nada, perdidos em algo que jamais decifraremos porque cada um perde seu olhar por um motivo... o meu... bem, o meu... A menina que tudo tinha Estou com sede, sede de água Quando aqui cheguei senti a sede saciada Barulho, gente, subúrbio... descobri o que me faltava Com a chuva vi que não era água Tentei falar com ela a tarde Tente, tentei... e nada! Enquanto isso a noite chegava Devagar, sorrateira... e minha mente dela lembrava Quero mais do que aquele gole d´água Quero o tempo todo a enxurrada Não saciou minha sede Foram apenas gotas na boca ressecada E ela que tinha tudo... tinha medo Confusa com as lembranças e sentimentos... amargurada Achei que aquele gole mataria minha sede Mas vejo que só deixou minhas papilas aguçadas É engraçada essa sede específica Você experimenta um pouco de tudo Bebe de tudo tentando saciá-la Mas não adianta nada Sede insaciada... vontade que não acaba Foi só um gole d´água... nem quente nem gelada Terei de contentar minha sede A menina que tudo tinha ficou com minha água. Cristiano Rolemberg Carozzi Aguiar Para Ju 06/01/2005 Não deixem de ler o post anterior e comentar também

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